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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Topo de gama

Como intróito deste post direi que o burro nunca rejeita uma cenoura e é dócil quando o almocreve lhe ajouja o cabresto, o mesmo não se poderá dizer do burro xucro. Eu não vou ter grande sorte, apesar de ser um cidadão submisso que cumpro com as minhas obrigações fiscais, penso. Cumpro não será bem, vou na onda quando pago um serviço ao canalizador e o filho dum gaio não passa factura como deve ser, se bem que eu fico na moleza. Dá-me jeito não desembolsar 23%, mas a culpa maior não será minha.

Tenho um amigalhaço que foi industrial e nessa qualidade recebia negociadores estrangeiros. Iam almoçar e em cavaqueira sobre a factura da despesa, os estranjas se interrogavam sobre a fuga ao fisco que por cá grassa e que na terra deles isso não acontecia. Num país de murrinhanha governado por gente sempre com mira na conezia (sugiro o dicionário para não  interpretarem malandrices do Relax), vieram agora como se fosse uma ironia, oferecer aos portugas um “topo de gama “,este governo lembra-se de cada uma.... E aqui fiquei a magicar num Maserati, um Jaguar ou até um Mercedão daqueles à jogador que os craques do futebol da primeira liga, dos três maiores clubes, ostentam, ou ainda como aqueles dos ministros (ah, um andava de mota,  Mota Soares, nome mesmo a condizer, o da solidariedade numa de exemplificativo), e por aqui me fico. Eu que fui sempre um terra a terra, nada de cavalarias altas, ver-me-ia em palpos de aranha para aguentar as fogosidades generosas destas máquinas: imposto de circulação, seguro, inspecção, tudo a doer, para já não falar nas goelas abertas para a andadura desses quatro rodas gulosos. E agora numa altura em que as sarrafadas nos vencimentos são de caixão à cova não vem nada a calhar. Mas a inveja dos vizinhos verem-me dentro dum carrão com vidros fumados deixar-me-ia com alguma cagança que não era de desperdiçar!...

Dizia eu no princípio que não vou ter sorte, pois não, não sou jogador de lotaria, nem do euro-milhões, raspadinha joguei uma vez, totobola e totoloto já me arrisquei mas deixei-me disso, rifas também já comprei apenas com caracter de beneficência, nem me importei de verificar se me tinha saído a gaita-de-foles. Há, joguei ao pião, ao berlinde, à macaca e também joguei a feijões quando era puto e usava calças de meia perna.

Sou pois um cidadão que tenho mais ou menos em ordem os meus deveres de cidadania e como tal não vou atrás de gambuzinos.

 

  Ant. Gonç. (antonio)

 

 

 

 

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