Realizou-se neste domingo, dia 16 de Maio de 2010, o quarto e último dos PASSEIOS DA PRIMAVERA 2010, numa organização da Câmara Municipal do Porto - Direcção Municipal de Cultura - Pelouro do Conhecimento e da Coesão Social. Agora é só esperar pelo PASSEIOS DE SETEMBRO 2010. Com organização da mesma entidade, é assim que consta do prospecto:
- 19 e 26 de Setembro, 03 e 10 de Outubro, com Helder Pacheco e Júlio Couto.
As inscrições continuam a ser feitas pelo 223 393 490 ou pelo dmac@cm-porto.pt .
Este percurso foi guiado pelo Dr. Júlio Couto e assim reza o prospecto da Câmara Municipal do Porto:
"Pelas 3 horas e meia da madrugada nevoenta e fria de 31 de Janeiro de 1891, no Campo de Santo Ovídio, reuniram-se os regimentos de Caçadores n.º 9 (ido do Quartel de S.Bento), de Infantaria n.º 10 (ido do Quartel da Torre da Marca), com a sua Banda de Música, soldados de infantaria da Guarda-fiscal e um esquadrão de cavalaria da mesma Guarda (idos do Quartel de Mártires da Liberdade), o destacamento de Cavalaria n.º 6 (ido do Quartel de Serpa Pinto) e soldados de Infantaria n.º 18 ( do Quartel de Santo Ovídio). A eles se juntaram grupos vindos dos cafés, ceias, jornais e boémia, além de povo anónimo e elementos civis da revolução.
Ao som de «A Portuguesa» e das aclamações e «Vivas» do povo que, entretanto, ia acorrendo, desceram a Rua do Almada até à Praça de D.Pedro onde, ao romper da manhã, da varanda da Câmara Municipal, seria declarado o fim do regime monárquico - com a deposição do rei - proclamada a República e indicados os membros do Governo Provisório. Perante o entusiasmo da multidão, foi hasteada a bandeira do Centro Democrático Federal 15 de Novembro (da Praça dos Poveiros) que, pelas suas cores vermelho-verde, simbolizava o novo regime. Estava desencadeada a última revolução romântica portuense, que duraria apenas 8 horas.
No dizer de Fernando de Sousa, o 31 de Janeiro «constituiu, no domínio político, o que a «Salamancada» representou no plano económico: o fim de um ciclo da história do Burgo, iniciado com a Revolução de 1820».
No entanto, embora falhado, o 31 de Janeiro significou o abalo e a comoção que iriam fazer mudar a sociedade portuguesa. E, embora denegridos, aviltados e traídos, os ideais republicanos que animaram os homens que o desencadearam permanecem vivos, válidos e à espera de ser cumpridos num país que continua a adiá-los e a adiar-se. O melhor elogio à revolução «vencida» foi escrito por Severo Portela: «O 31 de Janeiro do Porto proclamou a República em Portugal nas consciências, para que, em 5 de Outubro, em Lisboa, ela fosse proclamada no «Diário do Governo»."
Muito obrigado, Dr. Júlio Couto, pela aula com que nos privilegiou.
No Jornal de Notícias publicado hoje, pode ler-se:
«Porto reviveu a revolta de 1891, da festa ao fracasso.
Reconstituição promovida pelo Ateneu Comercial do Porto foi o arranque das comemorações oficiais, onde se reviveram os momentos mais marcantes da revolta de 1891. Veja as imagens.»
E cá estão elas com as saudações republicanas do Francisco.
Ontem, 30 de Janeiro de 2010, realizou-se o último dos três Passeios JN dedicados à Revolta de 31 de Janeiro de Janeiro de 1891. Estes passeios foram organizados pelo Jornal de Notícias no âmbito das comemorações do Centenário da Implantação da Repúbica e tiveram o superior acompanhamento do jornalista e historiador Germano Silva.
Hoje, 31 de Janeiro de 2010, 119 anos depois da revolta que ocorreu na cidade do Porto, vale a pena ler o que publica o Jornal de Notícias.
O Jornal de Notícias (JN) organizou neste mês de Janeiro de 2010 três passeios dedicados ao 31 de Janeiro de 1891. Estes Passeios JN foram realizados nos três últimos sábados do mês (16, 23 e 30), contaram com a participação do Rancho Folclórico do Porto e foram orientados, como é hábito, por Germano Silva. É dessas visitas de estudo que vos quero deixar esta galeria fotográfica, sendo Maurício Branco o autor de todas as fotografias.
Saudações republicanas do Francisco.
Galeria fotográfica dos Passeios JN sobre o 31 de Janeiro de 1891.
Os acontecimentos que ocorreram na cidade do Porto em 31 de Janeiro de 1891 constituem uma página importante da História de Portugal.
A função de um jornal é divulgar. E eu, como modesto colaborador deste e como tripeiro convicto, vou à procura das fontes para mostrar onde se pode beber não a água mas a informação.
Na sequência da informação que recolho sobre as comemorações do Centenário da Implantação da República Portuguesa, venho por este meio deixar-vos mais um sítio útil. Saudações tripeiras do Francisco.
Como tripeiro, sinto-me na obrigação de procurar acompanhar ao máximo, as cerimónias de comemoração do centenário da implantação da República em Portugal.
Nesse sentido, hoje deixo-vos com o link da Câmara Municipal do Porto, bastando para tal clicar na foto ao lado.
O tema das comemorações do centenário da implantação da República em Portugal continua a fascinar-me. O Jornal de Notícias aborda o assunto e promete que na próxima terça-feira trará o programa dos famosos Passeios JN, subordinados desta vez a este tema. Saudações tripeiras do Francisco.