Memórias
Todos nós retemos ao longo da vida datas ou situações que perduram na nossa memória.
Se é fetiche recordar o primeiro beijo dado à socapa, a primeira bola de borracha (a de trapos era usual) ou o primeiro realejo que o meu avô me trouxe das Caldas de Melgaço para onde todos os anos ia passar uns dias. E o puto parolo vindo lá das terras de Cinfães chegava à cidade cosmopolita e ficava basbaque ao ver, à noite, os néons e sobretudo a máquina de costura em funcionamento que estava no telhado do palácio das Cardosas em plena baixa do Porto. E diga-se em boa verdade, até os tripeiros engravatados admiravam aquela tecnologia da época, embora não ficassem de boca aberta como os pategos “olha o balão” chegados no comboio do Douro ou quiçá nas carreiras do Escamarão de Cinfães, do Calçada de Arouca ou do Cabanelas de Trás-os-Montes, isto para não alargar a outras ramonas.
Mas além dessas memórias comezinhas há uma que neste 10 de Junho me sobressai e não é certamente porque o Presidente Américo Tomás estaria em 1967, no Terreiro do Paço, a medalhar em grande parada os militares pela bravura nas “províncias ultramarinas”, e também a bajular a cidadania dos progenitores dos falecidos em combate engravatando-os com a cruz de cristo.
Vamos então recordar a data de 10 de Junho de 1967 em:
http://magisterio6971.blogs.sapo.pt/380671.html
Ant.Gonç. (antonio)