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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Conversas de pai para filho

Hoje, por ser domingo, foi mais um dia em que tive a felicidade de poder estar mais tempo com os meus pais. Graças a Deus que pudemos estar a conversar e a trocar opiniões sobre os mais diversos assuntos. O problema foi quando um serviço noticioso da televisão anunciou mais uma onda de assaltos. Aí, o meu pai do alto dos seus 85 anos, pediu que nos sentássemos e disse-me, com ar muito preocupado:

- Sabes, meu filho, ando angustiado com esta vaga de assaltos. O que achas que se devia fazer para pôr termo a isto? Não achas que isto já é insegurança a mais?

- Sim, meu pai, tens razão. De facto, toda esta série de assaltos está a aumentar de dia para dia e eu, para te ser sincero, sei o que devia ser feito.

- Sabes? - perguntou-me o meu pai com aquela cara própria de quem está muito espantado.

- Olha, meu pai, devíamos fazer o mesmo que me fizeram e que tu te lembras muito bem, quando eu era director da escola (ainda não havia a figura do coordenador de estabelecimento). Sabes muito bem que eu fui alvo de um processo disciplinar instaurado pela DREN, com conhecimento de Lino Ferreira e Fernando Charrua, só por ser o responsável máximo da escola. E a aluna cujo encarregado de educação não concordou com a retenção e recorreu, até nem era minha aluna. E eu até nem era o professor de ensino especial da aluna. Mas tive o azar de ser, naquele momento, o responsável máximo daquela espelunca e, por isso, tinha de arcar com a pena, pois como me disse o advogado que me defendeu, «processo tem de dar pena».

- Pronto, meu filho, já sei onde queres chegar. Já vi que todos temos de acusar os mais altos responsáveis da nação.