Sopa de ministros
Vento forte, chuvadas e muito frio tinham sido ventiladas pelos alarmistas do boletim meteorológico para este fim-de-semana, mas a coisa ficou por menos.
Domingo, para sair um pouco à rotina foi-me proposto, aqui em casa, ir de manhã até Serralves. Havia lá uma venda de roupa da pequenada e então há sempre aquela curiosidade feminina de ver como andam as modas. Alinhei, não para ver a farrapada in, mas aproveitei para dar uma passeata pela quinta, ver a natureza que nesta altura do ano está mais mortiça. Entretanto também assentei arraiais no bar junto ao museu para dar uma vista de olhos no Jornal de Notícias.
Chegou a hora do almoço e aqui em casa como não havia nada feito, optamos por ir pôr os pés debaixo da mesa no restaurante. Um cozido à portuguesa não é coisa que se ponha de lado, uma vez não é vez, para quem gosta de se pôr distante das gorduras.
E um caldo de ministros, sugeriu-me o simpático empregado. Fiquei um bocado encarrilhado mas pus os meus neurónios a despertar e assinei por baixo, vou nessa. Aqui em Gondomar, terra que foi deles, nabos, é sempre num espírito de manter as tradições que me são caras. Que haja ministros nabos não será coisa muito acertada, agora que eles se redomem com cobertura nabiçal se safem à grande e à francesa parece evidente. Alguns têm ido dentro, outros têm passado nas malhas, mas que andarão com o coração nas mãos parece que sim.
De tarde estive por casa, liguei para a rtp memória, já que os canais generalistas era só futebol, Júlio Isidro entrevistou duas figuras interessantes, Maria Antónia Palla, jornalista, defensora dos direitos das mulheres e também o rei do rock and roll dos anos sessenta/setenta, Vitor Gomes. Interessante as imagens de há cinquenta, sessenta anos.
Ant.Gonç. (antonio)