Picos da Europa
Tinham-me soado ao ouvido que era coisa digna de se ver. E eu que não vou muito em pisar solo que desconheço, mas neste caso alinhei e o certo é que gostei do que vi.
Quatro dias pelas espectaculares cordilheiras e desfiladeiros de cortar a respiração, na Cantábria e Astúrias, foi um adquirir de conhecimentos geográficos e históricos muito enriquecedores. Curvas e contracurvas em estrada de montanha sempre com encostas verdejantes com alguns abrandamentos devido às numerosas vacas que pachorrentamente andam pela estrada. Elas é que são as donas daquele espaço metafísico, nós somos uns intrusos. Já tinha tido essa experiência em menor escala no Gerês. Mas a convivência é boa, elas dão passagem quando entendem, tudo nas calmas recíprocas. Mas também gado caprino, ovino e cavalar é um fartote lá por aquelas bandas.
É do conhecimento geral que a Espanha nos supera na preservação do ambiente nos seus variados cambiantes. Tive oportunidade de ao vivo verificar isso mesmo, nomeadamente no asseio notório nas cidades e pequenas povoações que visitamos. E quanto a monumentos, têm muitos, património da humanidade. A catedral de Leon, século XIII, entre outras, que maravilha!... Ficamos simplesmente reduzidos à ínfima espécie perante tanta beleza de rendilhados na pedra e com muitos vitrais, considerados os melhores do mundo. Mas uma coisa é contar outra é ir ao terreno e ficar deslumbrado, como aconteceu comigo.
Sair da morrinha, apalpar, visionar o que de mais belo nos legaram os antepassados é um exercício saudável que se recomenda.
A imagem é de Fuente Dé com o teleférico a mil e oitocentos e pico metros de altitude
(antonio)