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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Pela ruralidade - CL(Preservar as memórias)

Em Macieira - Fornelos o futuro também se constrói preservando as memórias do passado, melhorando-as mas não as alterando substancialmente.

Já por aqui temos falado sempre com espírito construtivo do que achamos bem ou mal quer no meio urbano quer no meio rural. Não sou um “louva a deus” quando as coisas se me afiguram sem jeito. Mas também não me acanho de deitar foguetes quando vejo a efectivação benigna de acções quer elas venham dos poderes autárquicas como do simples cidadão. Sou pois pelo visionamento da realidade das coisas.

Nesta ordem de raciocínio quero aqui referir o belo espaço adjacente à capela do Senhor dos Enfermos em Macieira, onde anualmente se realiza a mais importante romaria do concelho de Cinfães. E aqui quero referir com regozijo o facto de há alguns anos terem sido removidos os azulejos sem qualidade que tinham sido colocados, em hora infeliz, nos anos setenta/oitenta do século passado nas fachadas da capela. A colocação de azulejos de qualidade duvidosa a revestir igrejas, vários casos houve na minha região, foram mais tarde retirados e ainda bem. Nalgumas ainda se mantêm como na terra das raízes do meu caro amigo Franc., Fermedo, onde se vê na parte frontal da igreja revestimento a azulejo.

A circundar a capela em Macieira, há um adro com amplo logradouro que sempre foi sombreado por seculares sobreiros. Do meu tempo de infância ainda me lembro de alguns que foram morrendo, uns certamente pela avançada  idade, ou por ficarem asfixiados ao nível do raizame devido à pavimentação em cimento na área envolvente, um outro frondoso e de boa sanidade foi abatido para se fazer um acrescento a uma casa da confraria. É das minhas memórias de petiz, um dia antes da festa do Senhor dos Enfermos, já atrás referida, matar-se um boi e pendurá-lo para o desmanchar e vender à peça, num forte galho de um sobreiro.

É pois um local onde a tradição de sobreiral sempre existiu e daí não fazer sentido plantar outras árvores que não as que fizeram as nossas memórias e as dos nossos antepassados. Não posso aqui deixar de referir um pujante sobreiro que foi há três décadas plantado voluntariamente nesse local pelo senhor Alberto Gonçalves meu vizinho de Macieira.

 

 (Na imagem a capela do Sr. dos Enfermos ao pôr do sol)

 

 

  Ant. Gonç.(antonio)

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