OLHAR O PORTO
Mais uma visita à cidade sob a batuta do conceituado historiador Germano Silva, sob o patrocínio da congregação dos Clérigos, do JN e com a companhia do rancho folclórico do Porto.
O ponto de partida foi no jardim botânico que tem muito a ver com a poetisa Sofia de Mello Breyer. Fica no Campo Alegre, onde a série de palacetes têm muito a ver com os ingleses que, segundo o historiador, gostavam de ficar ali perto do rio Douro. Os britânicos tiveram sempre uma atenção pelo Porto, mas não só, veja-se como desenvolveram as vinhas do Alto Douro. A burguesia inglesa trouxe as camélias, no séc. XVII, planta nobre que floresce no Inverno. Depois viemos pela rua D. Estefânia, mulher de D. Pedro V. Júlio Dinis no seu livro “uma família inglesa” fala também nos palacetes desta rua. Depois sempre atrás da pedalada do veterano historiador, estivemos junto à casa da conceituada falecida Augustina Bessa Luís, donde se avista o encantador rio Douro. Metemos depois por uns quelhos que vieram dar à rua da Pena (é preciso seguir o rasto de Germano Silva para conhecer o Porto na sua essência). Finalmente fomos até ao “palácio de Cristal” e aí o veterano historiador referiu que a capela que está ao fundo da avenida das tílias, lado esquerdo, é anterior ao verdadeiro palácio de cristal, que foi desmantelado e aí construíram aquela calote esférica, sem jeito.
Finalmente cumpre-me realçar o aspeto humorístico do historiador, mete sempre umas buchas onde entra sempre a faceta feminina nas suas piadas.
(a imagem é do palacete do jardim botânico)
Ant. Gonç. (antónio)