Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Olhar o passado

Há sempre conversa trivial com um amigalhaço que comigo andou a dar o corpo às balas, pelo interior de Angola, passe o exagero pois ambos eramos militares do arame farpado, antítese dos da picada, isto falando em linguagem de caserna militar, na chamada guerra colonial e que ciclicamente nos encontramos no ginásio. Aí vamos tentando não deixar adormecer os músculos físicos e mentais, fazendo alguma ginástica, não aquela que Aquilino Ribeiro atribuía à peixeira do burgo portuense, que admoestava um puto rafeiro, sorrelfa, que certamente lhe estaria a medir as regueifas das pernocas, digo eu, “Ó meu filho duma vaca, tu não irás fazer genástega na armação do teu pai!”.

Trocamos conversa que quase sempre afunila naquele tempo da juventude. Bem, à parte essas recordações há também outros motivos de paleio. Então estávamos numa de abordarmos os avanços tecnológicos na nossa geração. Termos na hora o visionamento do ataque às torres gémeas em Nova Iorque, já lá vão dez anos, ou o furacão que varreu milhares no cabo do mundo, era de facto impensável no tempo dos nossos avós. E a realidade é que os avós, bisavós, e trisavós dos nossos avós tiveram uma vida sempre no mesmo ritmo, argumentava o meu interlocutor e que eu também avivei do meu subconsciente. Durante centenas de anos, a agricultura, o carro de bois e afins, e os animais foram a companhia de sempre no passado.

Na nossa geração e em parte dos nossos pais, também com o surto do automóvel, com o desenvolvimento que se conhece durante o século XX, e das novas tecnologias, alterou-se radicalmente o modus vivendi, neste caso do povo português.

 

   (antonio)