MEMÓRIAS DE VIAGEM
Um dos maiores países da Europa, que esteve durante centenas de anos encravado entre dois impérios - o alemão e o Russo -, a Polónia vê a entrada na UE como uma oportunidade ùnica. Desde finais do século XVIII e durante mais de 100 anos foi ocupada, anexada e dividida, quase desaparecendo do mapa. Tudo porque o país fica situado no chamado teatro de guerra da Europa Central, tendo sido afectado pelos principais conflitos bélicos dos últimos dois séculos. A Segunda Guerra Mundial, por exemplo, foi um verdadeiro cataclismo para a Polónia. Basta dizer que, devido a esta, o país perdeu mais de 11 milhões de habitantes, sem praticamente qualquer sobrevivente de uma população de 3,5 milhões de judeus. Em 1944, Hitler, furioso com a resistência polaca, mandou arrasar Varsóvia, com bombas e retro escavadoras.
O maior rio da Polónia, o Wisla, corre pelo centro do país ao longo de mil quilómetros e é precisamente nas suas margens que está situada a capital assim como as cidades históricas de Cracóvia, Sandomierz, Kazimierz Plock, Torun e Gdansk.
País natal de João Paulo II, o primeiro Papa não Italiano eleito em 456 anos. A Polónia tem produzido vários artistas e intelectuais. É o caso de Frédéric Chopinh, dos Prémios Nobel da Literatura Czeslaw Milosz e Wislawa Szymborska, de Maria Sklodowska-Curie e dos realizadores Andrej Wajda e Roman Polanski.
A cultura está viva em cada cidade polaca. Nas ruas, músicos interpretam peças clássicas ou do rico folclore da nação e praticamente durante todo o ano sucedem-se concertos, óperas e espectáculos de ballet, com destaque para o festival de Outono de Varsóvia.
De resto, poucos países se podem vangloriar de ter uma tal variedade de paisagens. Desde as praias do Báltico e dos grandes lagos Masurianos, no Norte, até aos cumes rochosos dos Tatras e a cordilheira montanhosa de Bieszozady, no Sul, estende-se uma ampla nação onde não faltam bosques frondosos, rios caudalosos, montanhas e vales...