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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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O BICHO DA FRUTA

Nos meus tempos de menino só os possuidores de status comiam fruta sã que era sinónimo de fruta standarlizada, tratada. Agora com a globalização que nos impuseram é salutar comer fruta com bicho. Além de ser biológico é um regresso às origens a que pontualmente tenho a possibilidade de recorrer. Sim, porque já não é fácil sairmos do trilho do carreiro pois a vedação é forte para conduzir tudo na modernice.

Mas se tudo o que é biológico é bom, não será bem. Como assim, perguntarão vocês. Explorando essa característica há por aí empresas que comercializam produtos com a chancela de biológicos. Há que acreditar com moderação pois a ânsia do lucro poderá não merecer total confiança.

À aldeia das minhas raizes chegavam por alturas do Outono compradores de fruta (maçã), lembro-me do Sr. Bernardo Insosso, que eram do Castelo, Couto e Escamarão - terras ribeirinhas do R. Douro que no passado transaccionavam com o Porto utilizando os barcos rabelos. Na minha terra a fruta era comercializada a olho, 20$00 o gigo - estamos a falar dos princípios dos anos sessenta - era levada à cabeça por carrejonas, descalças, com caminhadas de cerca de duas horas, por caminhos travessos, até chegar ao cais de embarque, aí seguia  primeiro de barco e já no meu tempo em caminhetas recoveiras.

Tempos dificeis em que para apanhar a bolota tinha-se que trepar, o dinheiro era escasso e os bens eram muito procurados mesmo com bicho!... e o rendimento mínimo de inserção era uma miragem impensável.

C/vossa amizade, sejam biológicos, antonio

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