Olhar o Porto - CLXI(As confrarias)
Estava um frio de rachar. O numeroso grupo de apaniguados do historiador Germano Silva mais uma vez marcou presença nesta manhã siberiana.
Sou daqueles que gosto de juntar o útil ao agradável, tirar o cu da cama e ouvir o mestre que fala sobre o Porto com uma memória fabulosa, comunicador por excelência que não perde a deixa para florear o que lhe sai da boca com umas buchas sempre oportunas “nunca fui ao Alentejo nem à Madeira mas já fui 20 vezes à China”!
Hoje o tema da visita era sobre as confrarias que existiam na cidade, ligadas às mais variadas profissões e que teriam uma missão como hoje têm os sindicatos, mas com uma base religiosa. Uma abordagem ao Porto dos Almadas, pai e filho, lutas dos taberneiros e as questiúnculas entre o Bispo e o rei sobre a administração da urbe vêm ao de cimo quando se entra na história do Porto.
Há sempre umas dicas que se apanham, mas o numeroso grupo e o ruído dos carros são obstáculo para uma boa audição do mestre. Outro senão que penso devia ser tido em conta, foi o facto da Igreja dos Grilos e a Capela dos Alfaiates estarem encerradas. Seria uma questão de programar a abertura para a visita.
O rancho folclórico do Porto já habitual nestas visitas ofereceu algumas intervenções alusivas à temática com intróitos do seu carismático director António Fernandes que também sabe do Porto a pacotes.
(A imagem foi tirada no morro da Sé, Largo do Colégio em frente da Igreja dos Grilos)
Ant.Gonç. (antonio)