Olhar o Porto - CLIV(O Cerco)
Vou começar esta pequena crónica, já que me falta substância, à boa maneira de alguns média, que nos presenteiam com crimes de faca e alguidar. Pelo que se tem visto é sobretudo no meio familiar que casos dramáticos acontecem como o que vem hoje no JN com gente conhecida de casa abrasonada de Braga. São casos transversais que sucedem quer com gente do pé rapado como do colarinho branco.
Dirigindo o olhar para a nossa história, dois irmãos, D. Miguel e D. Pedro desentenderam-se e engalfinharam-se em luta fratricida. O primeiro absolutista e o segundo de ideias liberais colocaram a cidade do Porto a ferro e fogo.
Hoje o passeio histórico à cidade com Germano Silva estava programado para ir a alguns morros à volta da cidade onde as baterias dos liberais se posicionaram. Com pena minha não pude participar, uma ligeira gripe reteve-me. Naquela altura, século XIX a cidade não ia além do Marquês, Antas e Bonfim. O cerco à cidade pelos absolutistas durou um ano que causou toda a sorte de privações. Com a vitória dos liberais, os bravos do Mindelo, D. Pedro IV foi reconhecido pelo povo do Porto que lhe ergueu uma imponente estátua equestre no sítio mais nobre da cidade, a Praça.
(antonio)