Dá para reflectir
A Igreja Católica está a atravessar uma crise que tem sido minorada pelos opinion makers eclesiásticos que quando a abordam pegam-lhe com pinças.
Vejamos se esta é a tal igreja de Cristo que afinal se comporta como um partido político que o que interessa é arrebanhar o maior número de crentes(?). O padre Mário de Oliveira que foi posto à margem pela hierarquia aborda bem esta questão.
Há dias no JN em parangonas “Igreja partida com sucessão do cardeal” e no desenvolvimento da notícia fala-se em facções e contagem de espingardas. Será esta a igreja de Cristo? Noutro dia o mesmo jornal dizia que a igreja reflecte a perda de fieis. E dizia que apenas dois dos nove milhões de católicos vão à missa. Isto dito assim até parece que ir à missa já dá para ser um católico pleno. Estou a recordar-me na minha terra onde a rotina do dia a dia nada acontecia e então aos domingos os lavradores calçavam as botas de elástico e as patroas chinelos domingueiros para irem à missa. Era assim também uma rotina cíclica como agora se vai ao café da esquina uns para saborear um café, outros para espairecer.
Os casos badalados de pedofilia no seio dos membros da igreja também não ajudam nada. O Papa diz que abusos sexuais cometidos por padres são uma tragédia. É uma vergonha muito gigante, digo eu.
Agora mais recentemente, também no JN, as poucas vergonhas, como se diz na minha santa terrinha, lá para os lados de Viana com um eclesiástico. Todos somos pecadores, uns mais que outros, mas que diabo nota-se mais as prevaricações na pele de cordeiro.
Estou sempre atento a um clique para me despertar na fé, mas até à data só dou de caras com sinais contrários. E também faço parte dos sete milhões, que não vão à missa.
PS: Afinal parece que o candidato favorito à sucessão do cardeal é L.F.Vieira: dirige há seis anos a maior catedral do país; é o líder de 6.000.000 de fiéis seguidores e fala, todos os dias, com Jesus.
(antonio)