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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

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Olhar o Porto, de Gaia - CXXX(O vai vem)

Quando um tipo não tem nada para
fazer, arranja-se sempre um programa para ocupar a mente. Ir até ao Passeio

das Cardosas, mirar o garboso D. Pedro IV na sua montada ou mais além a esbelta

doçura da Menina Nua é sempre agradável como o é ir até à Ribeira e por ali

vaguear espraiando o olhar pelo remançoso rio salpicado de Rabelos apinhados de

turistas sobretudo espanhois.

Mas desta vez tinha acertado com um amigalhaço
dos tempos das lides militares darmos uma saltada até ao jardim do morro de
Gaia. É uma varanda onde podemos estar descontraídos a mirar o Porto histórico
que se espraia em escadório até ao Douro que beija nas Escadas das Padeiras.

Os miradouros, e o Porto tem
vários, devem ser, e têm sido preservados, são locais privilegiados para ver
mais além. Só que há dias houve notícias menos felizes sobre o miradouro do
morro da Vitória, mas tenho esperança que a CMP se mexa na preservação pública
daquele emblemático espaço.

Mas voltando ao miradouro de
Gaia, foi onde amarraram os cabos do teleférico que desce até à zona ribeirinha
de Gaia. Ora aqui está, na minha óptica, um elefante branco, pois a sua
rentabilidade deve ficar por um saldo negativo. No tempo que eu e o meu amigo
por lá nos demoramos a ver as engrenagens e o vai vem constante das cabines,
nem vivalma a subir ou a descer, simplesmente às moscas, enquanto a funcionária
da cabine da bilheteira passava o tempo a ler revistas do “social”.

O presidente da câmara de Gaia
fez obra, passeios pedonais, à beira do mar, mas não me parece ter acertado
neste despesismo do teleférico. Se não houvesse amuos entre Meneses e Rio
podiam fazer uma passagem pedonal, que teria um forte impacto turístico, entre
a marginal do Porto e a marginal de Gaia com as caves à perna. Assim enquanto
cada um só olhar para o seu umbigo, Porto e Gaia ficam a perder.