25 de Abril
Mais uma data histórica com feriado.
Dos capitães de Abril já poucos restam, e o cravo na ponta da G-3 já está mais que murcho.
A lufada de ar fresco que apareceu com a revolução dos cravos fez-nos encher o peito de ar e também nos enfronhamos nas manifestações dia sim, dia não, entoando o slogan "25 de Abril sempre". Depois nos anos oitenta aguentamos bem o choque petrolífero com as montras às escuras, lembram-se? e a televisão a fechar a emissão creio que às 23 horas. Até o FMI andou por cá mas tudo se resolveu sem grandes martírios, certamente que as reservas em ouro do tempo de Salazar foram colmatando os buracos.
Mas agora em 2011 o que nos resta? Um país pedinte, humilhado, com as calças na mão, sem futuro à vista. Que triste signo para este povo que não tem tido estadistas à altura, acossado por países como a Finlândia ou então com atitude de misericórdia como o Brasil!...
Agora novamente eleições, não vou nessa onda, todos os partidos andam num lufa lufa a colocar as pedras no xadrez, tu vais concorrer pelo distrito X lá do Norte embora sejas aqui do Sul, ou vice versa, tu por aquele outro, enfim a jogada dos tachos. Um Sócrates com culpas, sempre com um excesso demagógico de optimismo, Passos que mete os pés pelas mãos e a moleza de Cavaco que alegando que está acima das tricas partidárias não ajuda nada. Até os que pareciam credíveis agora também entram no lamaçal enterrando-se e de que maneira, veja-se Nobre!...
É pena que se tivesse chegado a este ponto onde não se vê a luz ao fundo do túnel.
As expectativas do 25 de Abril de 1974 esfumaram-se.
Fiquem bem, (antonio)