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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Pela ruralidade - LXV (Em Macieira de Fornelos, relógio de sol)

Nos meus tempos de meninice a ruralidade do nosso país mantinha-se tal como há centenas de anos atrás. Relógio de bolso, muito menos de pulso, era coisa rara, só gente endinheirada atingia esses luxos. Os torna-viagens chegados do Brasil auto estimavam-se a puxar do bolso do colete um relógio amarelinho, para dar nas vistas, preso com uma corrente. O meu primeiro relógio era eu um rapazola dos meus 16 anos talvez, foi um Cauny que na altura era vendido à socapa, dizia-se que era de contrabando. Tenho-o guardado numa gaveta a gozar a reforma.

Mas então do que eu quero falar é de um rudimentar relógio de sol existente na terra das minhas raízes, como costumo dizer, em Macieira, Fornelos, Cinfães, à beira da casa onde nasci. Fica na Rua de Fundo de Vila (helas, os caminhos viraram ruas!...). É muito simples, um traço longitudinal com uma cruz, afundado na parede granítica duma casa. Quando a sombra (o sombrar, leia-se sombrear, como diziam) projectada do cunhal da casa em frente atingia o traço os lavradores, que estavam ali à espera, iam abrir as poças de água para a rega dos campos de milho.

Há já alguns anos que deixou de ter a funcionalidade, como é compreensível, entendi que era imperioso preservar essa memória, até para conhecimento das gerações vindouras. Falei com o proprietário da casa que achou a ideia boa, bem como com as pessoas antigas que ainda utilizaram aquele rudimentar relógio de sol e então tratei de concretizar este memorial. Ele aqui está.

 

  (antonio)

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