Estimados colegas: Hoje são 30/04/2018 e acabo de receber o convite para o evento comemorativo do 47.º aniversário do nosso curso. Parabéns à Comissão Organizadora. Oxalá consigam cumprir o programa pois duas visitas de estudo pela manhã, não sendo uma tarefa impossível, é arrojada. Passarei a conhecer um pouco mais de Cinfães. Os meus agradecimentos à Comissão Organizadora.
Olá, estimados colegas. Hoje são 11 de Abril de 2018 e acabo de telefonar ao nosso colega José António Ferreira, visto que o telefone do nosso colega José Manuel Pereira Pinto me mandou, de imediato, para a caixa de correio. E o que é que o nosso colega José António me disse? Que amanhã, quinta-feira, 12/04/2018, reunir-se-iam, ele mais o José Manuel Pereira Pinto e o Albérico Camelo, para definir o programa de festas para o encontro comemorativo do 48.º aniversário do nosso curso, a realizar em Cinfães, de acordo com o que está em ata, no dia 19 de Maio de 2018. Assim sendo, presumo que a Comissão Organizadora deste evento seja constituída por estes três nossos colegas. Estou certo ou errado na minha presunção?
Guardo memórias do que o meu avô materno me contou, junto à lareira, ele sentado no escano e eu a queimar agulhas no lume, na aldeia de Cabeçais, freguesia de Fermedo, concelho de Arouca.
Tenho da minha etapa de vida recordações de três pilares a saber: do Natal, da Páscoa e da festa anual do Senhor dos Enfermos que se realiza lá na terra no dia de Pentecostes, diga-se que é, ainda hoje, a maior romaria do concelho de Cinfães.
Como estamos em época de Páscoa, é desta que quero falar do tempo da minha meninice. O “compasso” era, pois, o cume da pirâmide dos festejos. Eram todos meus conhecidos, o senhor padre de sobrepeliz branca e estola, acompanhado por mais quatro, de opas vermelhas, o que levava a cruz, o da caldeirinha de água benta, mais o da saca para o money e ainda outro que carregava uma condessa para receber oferta de ovos, na altura o dinheiro escasseava. Havia ainda um rapaz espigadote que ia mais à frente com a sineta a anunciar que o compasso estava a chegar e a criançada jubilava!... Entretanto uns fogachos estoiravam à chegava a casa de um ou outro torna viagem, e não só. Depois dos desejos de boa páscoa, aleluia, aleluia que o senhor padre transmitia, beijava-se a cruz, não havia como agora um simples lencinho para limpar a saliva que ia ficando de outros. Nas casas mais remediadas oferecia-se pão de ló e vinho (aqui um parêntesis para dizer baixinho que alguns do compasso entornavam a valer, sobretudo quando a canícula apertava). Desses elementos que atrás falei já todos partiram. Recordo-me que o meu pai contribuía com 5 escudos (na altura um jornal diário custava menos de 1 escudo).
A partir dos tempos dos meus pais, lá na terra sempre abri a porta ao compasso, mais por tradição do que por qualquer outro motivo. Este ano como tinha marcado uma saída para o sul, excecionalmente não pude festejar a Páscoa na aldeia.
Agora sobre o compasso da atualidade, li no JN de hoje, com imagem, “padre cumpriu o compasso de mota”, acompanhado por muitos motards. Não alinho muito neste folclore, mas isto sou eu que já estou numa fase à beira de ficar descartado.