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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Pela ruralidade - CLXXXVIII(As vacas domesticadas)

Outrora na escola, dita primária, havia um livro de leitura da 3ª classe com uma narrativa com os bois teimosos, que fazia o gáudio dos rapazinhos, alguns de calça rachada no sim senhor, habituados nas aldeias a conviver com esses animais. (bois teimosos porque não estavam aparelhados ao carro às direitas, como se dizia). Estávamos num Portugal essencialmente rural, com a agricultura a mexer. A ligação à terra e sobretudo aos animais era catapultada numa simbiose de tal forma que uns não podiam viver sem os outros.

A seguir não vou falar nos bois teimosos, antes em vacas submissas.

Assim, queria aqui recordar um meu conterrâneo, que já partiu há algumas décadas. Além de cuidar das suas pobres terras, era também matador de recos na altura dos meses frios, Dezembro e Janeiro. Pois esse meu conhecido cuidava sozinho do amanho da sua pequena área agrícola. À rabiça do arado e as suas duas vacas a puxá-lo, obedeciam fielmente às ordens do lavrador. Quando chegavam ao extremo do campo (que raramente atingia meio ha), à ordem de “vira”, obedeciam taxativamente e continuavam a lavragem. E assim sucessivamente até à lavoura completa da courela.

Os usos e costumes dos povos devem ser memorizados, como estes que acabo de referir.

 

  Ant.Gonç. (antonio)

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