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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

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Quarenta e seis anos!...

Quarenta e seis anos!...
O tempo corre com uma velocidade estonteante, ou somos nós que achamos que ele nos está a fugir?!...
A aurora mal aponta e o ocaso chega num ápice. A Primavera aparece, deixa-nos esperançosos com a natureza a desabrochar, mas chega o fugaz Verão e logo a seguir o sorumbático Outono que nos arrefece, daí a nada o Inverno cadavérico que nos deixa encolhidos irmanados na tristeza da natureza.
Quarenta e seis anos é muito ano, pois é!...
Recuando todos estes anos, qual foi o meu espanto ao ler no Jornal de Notícias, em 1971, que determinado curso de professores do ensino primário, como se dizia na altura, acabava de comemorar os vinte e cinco anos da saída da Escola do Magistério Primário do Porto!... Na altura fiquei perplexo, achava muita longevidade.
Enfim, comemoramos agora os quarenta e seis anos!...

 

Ant.Gonç. (antonio)

46.º aniversário de curso VI

No dia 27 de Maio de 2017, a Comissão Organizadora de Penafiel, constituída pelos colegas Adelaide Dia, Maria Luísa e António Bessa, realizou o encontro comemorativo do 46.º aniversário do curso de 1969/71 da Escola do Magistério Primário do Porto. A concentração foi ao Espaço Cidadão, junto às Termas de S. Vicente. O historiador, Dr. Coelho Ferreira, fez uma breve abordagem ao nascimento e crescimento do Hotel das Termas, do qual foi cliente, entre outros, António Nobre. Seguiu-se uma viagem de autocarro pela Rota do Românico. Iniciámos com a visita guiada à Igreja de S. Miguel, exemplar característico da transição entre o Românico e o Gótico. Na Epístola de Judas, Miguel é citado especificamente como "arcanjo". Os santuários cristãos em honra a Miguel começaram a aparecer no século IV, quando ele era percebido como um anjo de cura, e, com o tempo, como protetor e líder do exército de Deus contra as forças do mal. Paragem para café na Marina de Entre-os-Rios, com o historiador a chamar a atenção para as placas comemorativas das cheias do rio Douro que estão afixadas nas paredes das casas do largo. “O rio Douro era mau, antes da construção das barragens do Torrão e do Carrapatelo”. Existe no largo um cruzeiro junto ao qual se comemoram as Festas das Endoenças. Seguiu-se a visita à Igreja do Salvador de Cabeça Santa. Este é o exemplo demonstrativo de que os templo românicos não tinham torre sineira, visto a deste templo ter sido construída, posteriormente, em frente e não encostada. Seguiu-se o repasto, na Quinta da Casa do Pinheiro. Houve a intervenção do Rancho Folclórico de Boelhe. Duas decisões importantes foram tomadas pelos presentes: a da Comissão Organizadora do próximo evento, tendo sido aceite pelos colegas de Cinfães e a da marcação do evento comemorativo do 47.º aniversário para o penúltimo fim de semana do mês de Maio de 2018. O evento foi encerrado com a degustação do bolo de aniversário, cantando os parabéns ao som do Rancho Folclórico de Boelhe.

46.º aniversário de curso V

No dia 27 de Maio de 2017, a Comissão Organizadora de Penafiel, constituída pelos colegas Adelaide Dia, Maria Luísa e António Bessa, realizou o encontro comemorativo do 46.º aniversário do curso de 1969/71 da Escola do Magistério Primário do Porto. A concentração foi ao Espaço Cidadão, junto às Termas de S. Vicente. O historiador, Dr. Coelho Ferreira, fez uma breve abordagem ao nascimento e crescimento do Hotel das Termas, do qual foi cliente, entre outros, António Nobre. Seguiu-se uma viagem de autocarro pela Rota do Românico. Iniciámos com a visita guiada à Igreja de S. Miguel, exemplar característico da transição entre o Românico e o Gótico. Na Epístola de Judas, Miguel é citado especificamente como "arcanjo". Os santuários cristãos em honra a Miguel começaram a aparecer no século IV, quando ele era percebido como um anjo de cura, e, com o tempo, como protetor e líder do exército de Deus contra as forças do mal. Paragem para café na Marina de Entre-os-Rios, com o historiador a chamar a atenção para as placas comemorativas das cheias do rio Douro que estão afixadas nas paredes das casas do largo. “O rio Douro era mau, antes da construção das barragens do Torrão e do Carrapatelo”. Existe no largo um cruzeiro junto ao qual se comemoram as Festas das Endoenças. Seguiu-se a visita à Igreja do Salvador de Cabeça Santa. Este é o exemplo demonstrativo de que os templo românicos não tinham torre sineira, visto a deste templo ter sido construída, posteriormente, em frente e não encostada. Seguiu-se o repasto, na Quinta da Casa do Pinheiro. Houve a intervenção do Rancho Folclórico de Boelhe. Duas decisões importantes foram tomadas pelos presentes: a da Comissão Organizadora do próximo evento, tendo sido aceite pelos colegas de Cinfães e a da marcação do evento comemorativo do 47.º aniversário para o penúltimo fim de semana do mês de Maio de 2018. O evento foi encerrado com a degustação do bolo de aniversário, cantando os parabéns ao som do Rancho Folclórico de Boelhe.

Olhar o Porto - CCXII(O Porto do liberalismo)

O Porto do liberalismo

Quem é que não conhece a praça da Liberdade?!…
Quem é que não conhece a estátua equestre de D. Pedro IV?!…
Quem é não teve ainda o cuidado de ler nas laterais do pedestal os nomes dos mártires da liberdade, figuras de proa da cidade que nesse local foram mortos e decapitados pelo governo absolutista de D. Miguel!…
Bem, hoje Germano Silva o historiador que sabe tudo sobre o Porto, abordou as várias facetas das lutas liberais comandadas por D. PedroIV, que se opuseram ao absolutista D. Miguel. Como é seu timbre, sempre com umas buchas humorísticas que fazem o gáudio dos seus seguidores. Numa manhã soalheira é sempre também uma oportunidade para dar à perna pela cidade seguindo o veterano orientador com as suas capacidades físicas e mentais no seu melhor.

Na imagem, faladura no jardim João Chagas, vulgo Cordoaria. Ao fundo no pedestal havia um busto de António Nobre, mas como era de liga de bronze, foi-se, rapinado como tem acontecido noutros monumentos da cidade.

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Ant.Gonç. (antonio)

 

A propósito de "PELA RURALIDADE"

Leio este texto e as minhas memórias recuam até à aldeia de Cabeçais, freguesia de Fermedo, concelho de Arouca. Tive a felicidade de ter ali avós e tios maternos. Tive o privilégio de ir sozinho na carreira da Auto-Viação Feirense que saía da Rua de Cimo de Vila e parava no largo da feira, onde já me esperava a avó e a tia, passar muitas férias escolares. Embora o cobrador ficasse responsável por mim perante a minha mãe, eu portava-me bem, entretido a ver a paisagem, sentadinho no meu assento ainda sem cinto de segurança. Levava na sacola alguns postais dos Correios, que tinha de escrever aos meus pais, espaçadamente, e assim desenvolvi, como agora se diz, hábitos de escrita. Também não tinha internet, nem aparelhos digitais que me ocupassem o tempo. Tinha era muita natureza desconhecida para desbravar. Umas vezes sozinho, outras a acompanhar a minha avó a levar o comer à pedreira onde o meu avó trabalhava. A cem metros da casa da minha avó existia a Casa Nova, da qual eu era visita, pois era o menino da cidade. Era do Sr. Norberto, casado com a D.ª Leonor, com um filho, o Zé Luís, mais velho do que eu. O Sr. Norberto era sócio da Feirense e tinha um caseiro que era o Sr. José. Foi com este que fiz muitas viagens de ida e volta até aos campos que fazia, no chamado carro de bois. Numa das primeiras viagens de regresso, apanhei um valente susto, ou melhor, apanhei um verdadeiro cagaço, embora não me tivesse borrado. Ia o carro cheio com um carregamento de canas de milho sem espiga e suas folhas, quando o Sr. José me perguntou se eu queria ir lá em cima, sentado ou deitado. Aceitei o convite. Tinha uma vista privilegiada. Distraí-me tanto a ver a paisagem que não dei pela saída do Sr. José. Não me lembrava de o ter ouvido despedir-se. O carro continuava a ser puxado pelos bois castanhos. Lembro-me até que um deles dava pelo nome de Castanho. Eu bem olhava na direção de todos os pontos cardeais e colaterais mas não via o Sr. José da Casa Nova. Oh meu Deus... E agora? Ele deixou-me aqui ficar sozinho. Só respirei de alívio quando consegui ver a Casa Nova lá ao fundo do caminho. Devo ter chegado tão branco ao destino que o Sr. José comentou:

- Ó Francisco, não me digas que vinhas com medo...

Muito obrigado, meu caro António. Abraço.

Cabeçais

Cabeçais

Cabeçais

Cabeçais

Pela ruralidade - CLXXXV(Recuando no tempo)


Há sessenta anos, mais coisa menos coisa, Portugal era um país eminentemente rural, a televisão estava a dar os primeiros passos, a preto e branco, e viva o velho!... As estradas eram em macadame e os caminhos rurais com fortes rodeiras dos carros de bois, na minha região, dizia-se carros de vacas, pois eram estes animais dominantes. Havia também os carreiros de pé posto que cortavam caminho. As romarias, leia-se festas com cariz religioso, eram anuais, mas feiras havia em todas as sedes de concelho, e não só, normalmente quinzenais. Eram pontos de encontro e de negócio, sobretudo de gado vacum que era uma das fontes de riqueza (?) dos rurais.
Perante esta normalidade da ruralidade havia a GNR que andava sempre atenta a manter a ordem e os regulamentos que estavam em vigor. Assim os carros de bois deviam ter a licença devidamente estampada em chapa esmaltada na lateral da cabeçalha ou do chadeiro. Quando iam carregados não podiam chiar, o eixo devia ser lubrificado, normalmente com sebo. Embora aqui houvesse alguma condescendência pois os lavradores tinham uma certa vaidade na chiadeira, sinal que ia com carga pesada, bom pecúlio. As aguilhadas, varas para conduzir e acicatar os animais, não podiam ter o aguilhão maior que a espessura de uma moeda. Há dias um veterano segredou-me que quando aparecia a “senhora guarda” e se o aguilhão ultrapassasse o que estava determinado, viravam a aguilhada ao contrário e batiam no solo para que o aguilhão ficasse nos conformes. As cabeças das brochas dos rodados também estavam na mira das autoridades, não deviam exceder o calibre permitido para não estragar o macadame das estradas. As cargas, normalmente de lenha com ramagem, não podiam ir a roçar na estrada.
Enfim, coisas duma época, que a GNR não descurava.

 

Ant.Gonç. (antonio)

DIA DA MÃE

Embora os versos sejam mais do que conhecidos, esta é a forma mais singela e mais sentida que encontro para homenagear todas as mães que conheço.
Beijinho.DIA DA MÃE.jpg