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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Olhar o Porto - CCIX(O rio Frio)

O passeio à cidade ontem com o historiador Germano Silva, “homem que sabe tudo sobre a cidade”, cito o JN, teve como pano de fundo conhecer o rio Frio da nascente até à foz. Quem eventualmente não tenha conhecimentos aprofundados sobre o Porto, perguntará que rio é esse e onde fica?
Bem, actualmente todos os rios, riachos ou ribeiros que corriam a céu aberto, foram encanados, excepto o rio Tinto, pois o surto urbanístico assim o determinou. O rio da Vila, que corre no subsolo da rua Mousinho da Silveira, o rio Frio, o de Vilar e a ribeira da Granja e o mais poluído, rio Tinto já referido atrás. Há ainda o rio de Mijavelhas que corre no subsolo do Campo 24 de Agosto e desagua no Douro a jusante da ponte Maria Pia. O nome deste rio, diz-se, que por ali se aliviavam as lavadeiras e outras trabalhadoras.
Mas o rio Frio que hoje percorremos da nascente, praça coronel Pacheco, antiga praça do Mirante, corre pelo largo Sarmento Pimentel, travessa e rua de Cedofeita, jardim do Carregal, passa depois debaixo do hospital de Sº António, jardim das Virtudes e finalmente desagua no Douro debaixo do edifício da Alfandega, em Miragaia. Todos estes locais foram escalpelizados pelo veterano Germano Silva sempre com umas buchas humorísticas à mistura, como é seu apanágio.
O rancho folclórico do Porto, que acompanha sempre estes passeios, apresentou vários números folclóricos alusivos ao passeio.

No dia 3 de Novembro Germano Silva vai-lhe ser atribuído o título honoris causa pela Universidade do Porto. A esse respeito o historiador disse que o título não é para ele mas sim pelo que tem escrito e comunicado sobre a cidade.

 

   Ant. Gonç. (antonio)

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Pela ruralidade - CLXXXIII(o lavadouro)

Indo na peugada do excelente artigo que Benilde aqui postou, vou também mais uma vez recorrer à ruralidade da terra que me viu parir.

O tema que aqui trago tem também os mesmos binómios das lavadeiras, muitas veteranas, com a serra afiada, e que muitas vezes descambavam com o cio mental a falar de fulano e de sicrana. Era assim por todo o interior, quer fosse no lavadouro, no barbeiro ou no ferreiro, eram centros da coscuvilhice vista aos dias de hoje, mas que tinham uma função de divulgação e partilha da vida das pessoas.

Na aldeia a vida era comunitária e daí o lavadouro da imagem que recentemente reconstruí, (manter as memórias foi sempre o meu lema) sendo particular era tacitamente usufruído pelas residentes do lugar que aí quisessem lavar os lençois linhosos, as ceroulas, os coturnos de lã de ovelha, as camisas de estopa, os tabaqueiros ou um ou outro bragal, etc.

Por documentos antigos este lavadouro, alimentado por uma extensa mina que teve de ser encapelada em pontos onde estava fragilizada, já existia no século XIX, agora com a cara lavada vai ficar testemunho duma época que também ainda foi da minha geração.

(Como o pequeno tanque tinha também a função de rega tem um engenho para abrir sem ajuda humana e um tufo)

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 Ant.Gonç.