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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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DIA DOS IRMÃOS

Faz falta o Dia dos Irmãos? Eles dizem que sim

31 Mai, 2016 - 07:30 • Matilde Torres Pereira

A 31 de Maio celebra-se o Dia dos Irmãos, um dia que é para já uma efeméride informal, mas que a Associação das Famílias Numerosas quer oficializar junto do Parlamento. Para isso, já reuniu milhares de assinaturas.
Ilustração: Freepik

Já há o Dia da Mãe, há o Dia do Pai, há também o Dia dos Avós – que foi entretanto proclamado pela Assembleia da República. O que falta? O Dia dos Irmãos, responde José Ribeiro e Castro, advogado e ex-líder do CDS, um dos promotores que quer fazer do 31 de Maio uma data para celebrar este laço familiar.

“Era a festa que faltava”, afirma à Renascença Ribeiro e Castro. “Porque é a relação mais forte e duradoura ao longo da nossa vida. E também, se pensarmos em tudo o que são os irmãos (os tios, que são os irmãos dos pais; os primos, que são os filhos dos irmãos dos pais e alguns como se nossos irmãos fossem; os sobrinhos, que são filhos dos irmãos, no fundo), é a relação que estrutura uma rede familiar vasta e ampla.”

Outra razão que levou o antigo deputado a apoiar esta causa foi a relação com o irmão, Fernando, fundador da Associação das Famílias Numerosas, já falecido. “Ele pode morrer, mas não se extingue, não desaparece, é uma relação muito forte que tenho na minha vida, uma cumplicidade muito forte, e sou sensível a isso, como outros”.

Para provar isso, a associação pediu a várias figuras públicas que dessem, através da imprensa, o seu testemunho do que é ser irmão. Entre elas encontra-se Pedro Rebelo de Sousa, irmão do Presidente da República, e os irmãos Sá Fernandes. “Os relatos são muito tocantes, são muito fortes na sua autenticidade e genuinidade humana”, descreve Ribeiro e Castro.

O facto de a data se celebrar na véspera do Dia da Criança não é mera coincidência. “É uma espécie de anúncio às crianças relativamente aos seus irmãos, os que já têm e os que vão ter, na linha de uma frase que o meu irmão dizia muitas vezes: ‘Se queres ver uma criança feliz dá-lhe um irmão, se queres ver uma criança muito feliz dá-lhe muitos irmãos’."

O Dia dos Irmãos já existe oficialmente a nível europeu desde 2014, mas o que muita gente não sabe é que “estes dias existem porque a sociedade civil os assume e os afirma e os divulga”, diz o advogado. “O Dia da Mãe ou o Dia do Pai, por exemplo: não há nenhuma lei ou resolução que os tenha proclamado, é uma tradição antiquíssima.”

A adesão a este dia tem crescido, diz Ribeiro e Castro, e a associação acredita que este ano vai crescer ainda mais, com o empurrão das redes sociais e de iniciativas empresariais. A Delta Cafés, por exemplo, decidiu este ano lançar uma edição de pacotinhos de açúcar com referência ao dia, e a CP introduziu novidades para o 31 de Maio. Também o El Corte Inglés se associou ao dia, tal como o Pingo Doce.

Fonte: http://rr.sapo.pt/noticia/55371/faz_falta_o_dia_dos_irmaos_eles_dizem_que_sim

45.º aniversário de curso VII

ESMAE, ex-EMPP

 Olá colegas.

Bem, se eu estava muito feliz no dia 25 de maio, que dizer então do meu estado de espírito no dia 30 de maio?
Super, hiper feliz. Porquê?
Porque amanhã é o último dia para aceitar inscrições através da transferência bancária e já temos um número muito lindo de inscrições.
Alguém quer arriscar um prognóstico?
Beijos e abraços.

Olhar o Porto - CCXIV(Um outro Porto)

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 Hoje mais uma visita pela cidade desconhecida com o jornalista historiador Germano Silva e o rancho folclórico do Porto.
Ponto de partida, a praça Mouzinho de Albuquerque, vulgo Rotunda da Boavista e terminus em Massarelos. Deixei o meio de transporte ao fundo da rua D. Pedro V e fui a penantes até à rotunda. Já na rua Júlio Dinis fiquei impressionado com gente sem abrigo, que àquela (10H) havia enrolada nos portais das casas comerciais, contei nove.
O historiador fez questão de entrar no cemitério de Agramonte para nos mostrar belas obras de arte funerária e lembrar dois seus amigos jornalistas, Manuel António Pina e José Saraiva. Levou-nos por sítios onde viveu e calcorreou na infância, Bom Sucesso, rua Marques da Silva, Bairro do Cruzinho (que diz muito a Germano Silva), depois foi um serpentear por ruelas estreitas: rua da Pena e travessa, rua de Gólgata, rua da Boa Viagem.
Como a hora para mim já ia adiantada, estas visitas começam tarde, tive que me desenfiar.

  (Na imagem uma das actuações do rancho folclórico do Porto tendo como pano de fundo uma centenária canforeira.)

 

    Ant.Gonç.(antonio)

45.º aniversário de curso VI

ESMAE, ex-EMPP

 

Olá colegas.
Estou feliz, muito feliz. Porquê? Passo a explicar.
Estou a escrever estas palavras às 17:21 do dia 25 de maio e já foi atingido o número de inscrições igual ao de presenças no último encontro, ou seja, o de Santo Tirso.
Agora é sempre a subir para superar.
Muito obrigado, malta. Vamos lá entrar no Magistério e recordar.
Beijos e abraços.

Pela ruralidade - CLXXXI(No Senhor dos Enfermos)

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 A tradição ainda é o que era, na festa anual do Senhor dos Enfermos em Macieira, Fornelos, Cinfães.
Em dia de festa na aldeia, deita-se ao forno. Ele que estava há um ano inactivo portou-se lindamente para a função com que foi criado.
Tarefas distribuídas, a mim tocou-me o assado no forno de nove quilos de rês. Só não pus na cabeça barrete alto branco, porque nas tradições rurais não há cá essas mordomias. Durante cerca de duas horas foi um meter de achas para o forno para que ficasse ao rubro. Depois a carne devidamente preparada com os condimentos caseiros, foi metida em tabuleiros com batatas, bem como um alguidar com arroz (o tal arroz do forno muito badalado). Quem não está suficientemente preparado, foi o meu caso, fui à vizinha tirar dúvidas. Depois de estar o forno bem quente (apalpa-se as aduelas), quanto tempo demora a assadura, Dulce? Três quartos de hora mais ou menos, depois abre-se a porta anteriormente tapada, vira-se a carne para novamente se tapar o forno durante mais cerca de um quarto de hora. Dito e feito, no final tudo saiu nos trinques.


Estava a porta do forno ainda tapada quando foi chegando a família mais chegada. Éramos à mesa seis adultos e duas crianças, que não se fizeram rogados. Quando as travessas chegaram à mesa, foi um arregaçar de mangas, pois a coisa prometia. Uhá!...


Como nota recordativa, estamos a falar em tradições, ainda pensei tapar a porta com bosta. Pensei, mas não concretizei como se compreende, e até já não há vacas por perto!...

 

  Ant.Gonç.(antonio)

45.º aniversário de curso V

ESMAE, Porto

Olá colegas. Sou o Francisco, vosso colega de curso. Vou fazer-vos um pedido:
- O de fazerdes quanto antes a transferência bancária para formalizar a vossa inscrição e, assim, a organização poder fazer uma previsão de quantos seremos.
Como podeis compreender, há coisas que dependem do número de inscrições. E eu tenho a certeza que vocês colaborarão e ireis acelerar a vossa inscrição.
Beijos e abraços.

Olhar o Porto - CCXIII(150 anos dos jardins do Palácio de Cristal)

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A CMPorto tem estado a comemorar os 150 anos dos jardins do Palácio de Cristal com acções culturais.
Hoje o historiador Germano Silva e o rancho folclórico do Porto foram os condutores de um grupo de interessados nessa comemoração. Como ponto de partida foi a praça da República, antigo campo de santo Ovídio, e logo ali o historiador lembrou o grande Almada que alargou a cidade para além das muralhas Fernandinas. Foi enviado para o Porto pelo empreendedor Marquês de Pombal. Aliás quando se fala no desenvolvimento nos finais do século XVIII, os Almadas, pai e filho vêm sempre à baila.
Debaixo de um céu sempre ameaçador, os serviços de meteorologia assim tinham vaticinado, por isso mesmo o grupo desta vez em menor número do que é habitual, seguimos por ruas, ruelas, escadas e becos por onde nunca tinha passado em direcção à Ramada Alta e daí à igreja românica de Cedofeita. Paragens aqui e ali junto a palacetes construídos por torna viagens que enriqueceram no Brasil com os negreiros. Largo da Maternidade e finalmente os jardins do palácio de Cristal motivo principal desta visita.

 

  (Na praça da República, as palmeiras das Canárias em progressivo estertor)

 

 

Ant.Gonç. (antonio)

Eu era hospedeira de bordo

É sabido que as vivências dos meios rurais geram melhor a sociabilidade do que as do meio urbano. O meu progenitor quando vinha à cidade ficava perplexo pelo anonimato dos transeuntes, nem um bom dia ou boa tarde, dizia, passavam como cães por vinha vindimada, quando na aldeia onde vivia, mesmo a um desconhecido havia um cumprimento. Já não me refiro a quando da passagem por umas alminhas em que o levantar do chapéu era um gesto de respeito, ou ao cruzar-se com o senhor fulano de tal.


Quando fui englobado num grupo ao planalto mirandês, em Sendim, estava eu ainda a entrar numa pequena casa comercial com artigos regionais, quando observo o início de uma conversa extrospectiva da parte do comerciante com uma senhora do grupo que tinha entrado à minha frente:
- Então a senhora donde vem?
      Do Porto.
- Em que trabalha?
      Compro tudo feito
      Estou reformada, era hospedeira de bordo.
- Ah!

 

 

 Ant.Gonç.(antonio)

Memórias (Festa da Senhora da Lage)

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 A romaria em honra da Senhora da Lage foi uma das vivências que o tempo não conseguiu apagar da minha memória.

O dia agendado, 3 de maio, aproximava-se. Antecipadamente as moçoilas rogavam, junto aos seus familiares, a devida autorização para participarem na caminhada rumo à Serra da Freita.

Movidas por um forte desejo de experimentarem um dia diferente do habitual, rogava-se à Santa que a petição fosse concedida e que o tempo não as atraiçoasse.

Tudo resolvido,  iniciavam-se as devidas diligências para que nada falhasse.

Chegado o dia tão esperado o ponto de encontro acordado era preenchido por alegres romeiros, ostentando cestos recheados de saborosos farnéis, prontos para treparem os caminhos íngremes e irregulares. A caminhada era muito divertida, alegrada com as cantas que as raparigas “punham”acompanhadas ao som de harmónicas que os rapazes esmeradamente tocavam.

Uma pausa, de vez em quando, era imperativa, não só para descansar, como também para os mais sedentos provarem o precioso nectar dos garrafões  que alombavam enfiados num pau que, mais tarde, quando bem bebidos,  teria outra função- arma de ataque e defesa.

Pelo caminho surgiam outros romeiros que se juntavam, distribuindo alento e boa disposição e, apoiados uns nos outro, finalmente eram arribados ao planalto.

Aí o cenário era de uma beleza surpreendente, fazendo esquecer todas as agruras da caminhada.

Os enormes rochedos salpicados de pessoas adquiriam vida, movimento e cor. Por magia movimentavam-se freneticamente, apresentando tonalidades de cores variadas, consoante o deslocamento constante das inúmeras pessoas. Essa deslumbrante e gigantesca pintura  ao vivo e a cores, podia ser admirada ao longo de todo o dia.

Por volta das 11 h, as cerimónicas tinham início.

Muitas pessoas já se encontravam em redor da capelinha para assistirem à missa e agradecerem  as dádivas concedidas pela Santa.

No final das cerimónias dirigiam-se rapidamente para os locais já previamente escolhidos para partilharem os saborosos farnéis em alegre convívio. Naquele cenário, uma côdea rapada condimentada com perfume das urzes e carquejas tornava-se uma saborosa e inigualável iguaria. Os salpicões, presunto, bolos de bacalhau... desfilavam e cada um ia  elegendo os mais apaladados para as suas papilas gustativas.

Esses manjares eram partilhados também por aqueles que pediam um naco de pão por mor da Santa. Aqui registo  o pedido da ti Rosa, figura típica da serra, com o seu chapeuzinho redondo, trajando saia preta de burel com uma faixa larga à cintura que servia de alforge para arrecadar os alimentos angariados, aproveitava também para pedir uma pinguita e encher de vinho a barriga do seu sebento odre de pele de cabra.  

Após as cerimónias da tarde, terço e sermão,o ribombar dos foguetes era o aviso  prévio do início da procissão das cruzes, passando junto das dezenas de cruzeiros de pedra, assim conhecida por nela incorporar uma cruz de cada freguesia do concelho de Arouca.

Recolhida a procissão surgiam por todo o lado os bailaricos ao som das violas e concertinas. Inúmeros pares rodopiavam alegremente, exibindo os seus dotes artísticos. Eram momentos divertidos onde participavam não só os dançarinos de lugares distantes, como também os da Castanheira, Mizarela, Ribeira e Albergaria, elas bem diferenciadas por, tipicamente, trajarem  saias  plissadas e blusas garridas.

Quando o astro-rei dava indícios de cansaço era hora de regressar. Já mais leves e como lá diz o ditado” para baixo todos os santos ajudam” a caminhada era menos penosa.  Apesar de tão afadigado dia o grupo regressava  feliz, cantando e contando todas as emoções de um dia tão fora do habitual.

Chegadas a casa esperavam-nos as tarefas domésticas. Cansaço não podia ser motivo para não serem cumpridas, pois não tardava a retórica “Quem corre por gosto não cansa.”

Tudo isto faz parte do meu passado. Para mim foi um privilégio ter participado, um dia, nesta  festa religiosa que, pelo são convívio, simplicidade, alegria e religiosidade era considerada das mais populares de Arouca.

 

Benilde

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