Olhar o Porto - CCVI(O Douro a meus pés)
Como resido perto do rio, que nasce na serra do Urbion em Espanha – ainda me lembro dos ensinamentos da minha professora primária – a cada passo vagueio pela margem direita a observar a biodiversidade que o Douro nos oferece.
Tem havido um esforço para despoluir os afluentes nomeadamente, já perto da foz, a ribeira da Granja para onde eram lançados esgotos clandestinos. Aqui na zona que melhor conheço, Freixo, há ainda muito a fazer no rio Tinto, que aqui desemboca. Mais a montante, também na margem direita em Gramido, há uma ETAR que depois do tratamento dos esgotos deita para o rio águas turvas, aparentemente poluídas devido a essa coloração. Podemos no entanto dizer, grosso modo, que não são descargas que lambuzem o rio de maneira acentuada. E a atestar esta minha opinião é interessante observarmos na zona do Freixo, a sã convivência nas águas do rio e margens de gansos, marrecos, gaivotas, pombas e também nesta altura de corvos marinhos. Estes últimos que chegam em bandos do norte da Europa em Outubro e aqui permanecem até ao fim do Inverno, são grandes predadores de peixes. É vê-los em grande número posicionados nas sapatas dos pilares da ponte do Freixo. São exímios mergulhadores, serpenteando debaixo de água à cata do peixe.
Na foz do rio temos a reserva natural do Douro, manancial de aves no Cabedelo e baía de S. Paio.
(Imagem junto à marina e ponte do Freixo)
Ant.Gonç. (antonio)