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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Olhar o Porto - CCIV(Turismo em maré cheia)

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O que me apetece dizer está mais que dito nos meios de comunicação social, que o Porto está prenhe de estranjas. Então o que me leva a dizer mais do mesmo?

Como o tempo passa veloz não sei precisar em que ano eu aqui num post dizia mais ou menos isto: na Baixa do Porto, sobretudo na Ribeira os turistas parece que são mais que os nacionais. Estava-se, digo agora, no nascimento de uma mina de ouro – turistas que vieram mexer com a pacatez da urbanidade portuense.

Pois agora quem anda pela Baixa e sobretudo na envolvência ribeirinha, também em Gaia, é um fervilhar de gente lá de fora que vem descobrir as belezas da cidade. Passagens aéreas low-cost vomitam no aeroporto Sá Carneiro batalhões de gente que trazem como arma a máquina fotográfica para observar e registar o que para nós os nacionais muitas vezes passa despercebido. Em face desta mais valia, os poderes autárquicos estão a ser pressionados para colocar passeios de dois metros nas laterais da ponte de baixo (Luís I). Também agora se fala em tirar os barcos de grande calado dos ancoradouros do Porto e Gaia para deixar as frentes ribeirinhas com vistas amplas, construindo para isso cais na Lixa, Gondomar. Tudo isto e muito mais já devia estar feito, mas bem à moda portuguesa só se empurra com a barriga. A avalanche turística até levou a Livraria Lello a cobrar entradas pois eram mais que muitos, a atafulhar aquela emblemática casa.

Mas há sempre pequenos nadas que fazem a diferença para pior. Então hoje eu, e centenas de domingueiros fomos aos jardins do palácio que foi de cristal, avenida das tílias, onde havia um encontro, Sunday Session, de gente de cultura e não só, com actuação duma banda musical na acústica. Então não é que os sanitários dos H tinham a porta fechada com a indicação de avariado!... Alguém com galões que tem a cargo estes serviços deve ser muito marreta para não saber que hoje andaria por ali muita gente com necessidades. Claro que da minha parte vou fazer um gesto de cidadania, enviar para a CMP uma msg manifestando o meu desconforto.

 

 (antonio)