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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Pela ruralidade - CXLV (O carrousel SEPOL)

As memórias de infância vêm sempre à tona quando paramos e olhamos para trás. A romaria que se realiza anualmente no dia de Pentecostes, hoje, Senhor dos Enfermos, em Macieira – Fornelos, Cinfães desde sempre teve notada pelos concelhos vizinhos.

No tempo em que as vias de comunicação eram os caminhos para carros de vacas, não havia televisão e os automóveis eram uma raridade, ir à festa era um acontecimento preparado e falado com antecedência. Se uns faziam o percurso a cavalo outros, e seria a maioria vinham a penantes de longe, madrugada alta, geralmente eles com o garrafão de palhinha a galeto ou a borracha a tiracolo e elas com a condessa à cabeça que se iam revezando,  com mantimentos bastantes. Depois de  fazerem a romaria (entenda-se, cumprir a promessa ao senhor dos enfermos) , no fim da missa campal alapavam-se pelos arrabaldes do arraial debaixo de algum pinheiro mais coposo, estendiam uma toalha e era um ver se te avias no comes e bebes.

Bem, mas eu quero falar do icon que fazia as delícias do meu sentir de petiz. Era o carrossel SEPOL que tinha chegado antes do dia da festa para ser montado. Era circular com ondulações de subidas e descidas, bancos corridos e individuais giratórios,  cavalos, póneis, girafas e outras simulações faunísticas. Fazia as delícias da ganapada e até dos campónios que só tinham visto, se é que tinham, o comboio da linha do Douro andar sobre carris. Quando deixei a primária ou pouco depois, nesta festa começaram a aparecer as pistas de automóveis e então era o climax  para os serranos que ficavam inchados cheios de nove horas de poderem conduzir um automóvel.

Na actualidade todo o tipo de divertimentos estão ali, dão um caracter cosmopolita a uma romaria que foi eminentemente rural.

 

  Ant. Gonç. (antonio)