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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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A.S.A.E.

 

 

Eu ainda sou muito ingénuo. Já tinha idade para não o ser. Não posso deixar de partilhar convosco o que me aconteceu. Recebi esta carta da ASAE a comunicar-me que o assunto não é com ela porque é «assunto de responsabilidade civil.» Vou contar-vos o que aconteceu:

Dirigi-me a um estabelecimento da Rua do Amial para consertar um electrodoméstico. Foi preenchida uma ficha de cliente e foi-me dado um documento comprovativo da entrega do electrodoméstico. Foi-me pedido um depósito de 10 euros e eu concordei. Passado algum tempo, telefonaram-me a comunicar que o orçamento do arranjo era superior ao custo de um novo aparelho pelo que não compensava o conserto. Perguntaram-me se queria ir levantar o aparelho ou se o podiam mandar para o ecocentro. Autorizei que ficassem com ele. Depois de desligar o telefone, lembrei-me da caução de 10 euros que lá tinha deixado ficar e estranhei nada me terem falado ao telefone. Por isso mesmo, desloquei-me ao estabelecimento e solicitei a devolução dos 10 euros. Qual o meu espanto quando me comunicaram que não era para devolver e que me tinham avisado disso. Eu disse à funcionária que não tinha o direito de duvidar da palavra dela mas que não me lembrava que tal me tivesse sido comunicado. Peremptória, a funcionária insistiu que me tinha avisado das condições. Não desisti e mostrei o documento à funcionária perguntando-lhe onde é que estava mencionada essa condição nas condições gerais de assistência nele inscritas. A funcionária disse que sobre isso nada sabia e remeteu-me para o gerente de loja. Depois das apresentações, o gerente insistiu que era assim e que eram as condições de assistência da casa. Perguntei então ao gerente onde estava essa condição, no texto de condições gerais de assistência inserido no documento. Disse-me que não estava lá nada, de facto. Perguntei então ao gerente onde é que estavam à vista do público, na loja, as condições de assistência e concretamente esta da não devolução da caução. O gerente disse-me que não estava afixado em lado nenhum. De imediato, solicitei que me fosse fornecido o livro de reclamações e preenchi todo o campo destinado à reclamação, com uma exposição detalhada. Acabo de receber esta nota. Conclusão? Este meu país, até na ASAE é um país de fachada...