Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Submarinos a meter água

Não perco tempo a ver os canais televisivos denominados generalistas. Vou mais para os canais ODISSEIA, HISTÓRIA e NATHIONAL GEOGRAPHIC. Ontem casualmente passei pela RTP INFORMAÇÃO e como estava a debitar o bastonário da Ordem dos advogados, Dr. Marinho e Pinto, fiquei por lá, pois o homem não tem voz embargada, dá tiro certeiro. De entre vários assuntos veio à baila o célebre caso das luvas dos submarinos.

Então dizia Marinho e Pinto:

Portugal e Grécia compraram submarinos à Alemanha, dois cada, por quantias exorbitantes. Na Grécia o caso das luvas, 30 milhões, foi a tribunal e o ministro da defesa apanhou 20 anos de choldra e o primeiro ministro deu à sola. Em Portugal para igual quantia de 30 milhões o caso ficou em águas de bacalhau, o primeiro ministro de então foi para a União Europeia e o ministro da defesa da altura está agora no governo são e salvo pela justiça do nosso país. Falta dizer que na Alemanha, país de boas contas, não de trambiqueiros, os intermediários da negociata foram apanhados pela justiça.

 

 

 

 

   (antonio)

A pensão do sobrevivente Constâncio

Numa altura em que as pensões de sobrevivência estiveram na berlinda é interessante ver estas crónicas de dois batentes do JN. Jorge Fiel diz:

 

 

 

O Zé António Saraiva passou a ter Constâncio na conta de pessoa de caráter duvidoso mal soube que ele andava a espalhar por todos os cantos da Lisboa política que os ataques que lhe faziam no "Expresso" eram tão-só uma pérfida vingança do seu diretor por ele o ter derrotado em partidas de ténis e de xadrez, disputadas quando ambos se encontraram nas férias.

Não conheço Vítor Constâncio ao ponto de poder emitir uma opinião abalizada sobre o seu caráter. Todavia, creio estar na posse de informação suficiente para o caracterizar como um sobrevivente.

Constâncio, que amanhã deixa a casa dos sexagenários (ficam desde já aqui os meus parabéns antecipados), sobreviveu a três anos de desastrada e cinzenta liderança do PS, cargo em que sucedeu a Mário Soares e abandonou em 1989, na sequência da sua impotência em arranjar um candidato às eleições para a Câmara de Lisboa - e após ter sido derrotado nas legislativas por Cavaco, a quem proporcionou uma inédita maioria absoluta.

Só um sobrevivente como Constâncio, depois de sair da política pela porta das traseiras, poderia construir uma brilhante carreira académica, onde cometeu a proeza de chegar a catedrático sem ter concluído o doutoramento, a par de um lucrativo périplo pelas empresas, como administrador da EDP e BPI.

Só um sobrevivente lograria, no dealbar do novo século, regressar ao cargo de governador do Banco de Portugal, que ocupou durante dez anos auferindo o bonito salário mensal de 17 372 euros, um pouco mais do que o dobro do vencimento do presidente da Reserva Federal norte-americana.

Só um sobrevivente conseguiria ser promovido a vice-presidente do Banco Central Europeu, com um salário anual de 320 mil euros e o pelouro da supervisão bancária, depois de ter sido incapaz de detetar as fraudes, aldrabices e patifarias do BPN e Banco Privado que custaram mais de cinco mil milhões de euros aos contribuintes - e de fazer orelhas moucas aos alertas feitos em devido tempo pela Imprensa.

Constâncio também sobreviveu à sua mulher, Maria José, que nos deixou a 29 de agosto. E apesar de ganhar 26 724 euros por mês, o viúvo Vítor Manuel Ribeiro Constâncio tem automaticamente direito a uma pensão de sobrevivência no valor de 2400 euros/mês, o equivalente a 60% da pensão da falecida.

Não sei se naquele momento de dor, no meio da papelada que a agência funerária lhe passou para as mãos - onde constam os impressos solicitando o subsídio de funeral e a pensão de sobrevivência - , o viúvo Constâncio assinou este último.

Sei que ele não precisa da pensão de sobrevivência para sobreviver. Sei ainda que para sobrevivermos temos de acabar com a possibilidade de ele - bem como todas as pessoas que ganham num mês o que 90% dos portugueses não ganham num ano - receber uma pensão de sobrevivência. Sei também que seria avisado perceber primeiro o teor das alterações ao regime das pensões de sobrevivência antes de armar um banzé e ameaçar recorrer a essa nova espécie de filial de Deus na Terra que dá pelo nome de Tribunal Constitucional.

 

Interessante ver também a opinião do director adjunto do JN de Fernando Santos, com o título “Há ladrões bons e ladrões maus” cujo artigo, sobre as pensões de sobrevivência, é de sinal contrário ao de Jorge Fiel.

http://www.jn.pt/opiniao/default.aspx?content_id=3473391.

 

 

 

 

      (antonio)