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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Olhar o Porto - CLXXII(A Baixa)

Das minhas idas assíduas à Baixa, há sempre coisas a descobrir ou melhor dizendo, ver com olhos de ver.

As obras, já na parte final, do chamado quarteirão das Cardosas envolvido pelo Largo dos Loios, Praça da Liberdade, Praça Almeida Garret e Rua das Flores, já se vão arrastando há muito tempo. Aquilo parece que está a ficar jeitoso, mas vamos lá ver se não passará disso, pois falta o factor humano para dar vida a esses espaços.

Vejamos um exemplo que pode não o ser. No tempo da presidência da câmara de Fernando Gomes uma intervenção foi feita num antro chamado “Viela do Anjo” junto à rua do Souto e Mouzinho da Silveira. Passados estes anos o  local é um deserto com paredes grafitadas e por lá a deambular um ou outro descamisado.


Os cronistas historiadores da cidade falam a cada passo dos cafés célebres, desaparecidos, frequentados pelos nossos maiores escritores, Eça, Camilo, Ramalho, Aquilino que por lá tertuliavam. Nos nossos dias “A Brasileira” era o café do Porto. Quem é que até na província não conhecia a Brasileira?!... Ali também nas mesas de mármore se punha em dia, em surdina pois claro, a PIDE/DGS andava por lá camuflada, os prós e os contra do governo de Salazar, mais tarde o de Caetano. Pois a Brasileira foi-se, resta-nos a saudade desse local tão paradigmático que dava luz à Baixa.

 

 

  (antonio)