Com uma cacetada apanhei dois coelhos e quase uma lebre, mas essa ia à frente em passo acelerado. Explico:
Último domingo do mês, a visita à cidade sob orientação do historiador Germano Silva tinha sido anunciada, partindo de Cedofeita, passando pelo Campo Alegre que foi zona de quintas com pedregee, ainda hoje há por lá casa senhoriais com frondosos arvoredos. Depois pela Rua da Arrábida e terminando em Massarelos. O rancho folclórico do Porto como já é habitual faz parte da comitiva. Convenhamos que já eram locais meus conhecidos excepto um, que já tinha ouvido falar, o bairro do Cruzinho no Campo Alegre, quase nas barbas da Escola Gomes Teixeira. Bairro típico operário, ali enclausurado numa das zonas mais in da cidade, quase despovoado e entristecido, pois mais dia, menos ano a especulação imobiliária vai fazer lá entrar as buldozers. É pena que não se acarinhe estes locais emblemáticos, memórias do operariado das fábricas que por ali havia.
E agora passo ao segundo coelho. Enquanto esperava na praça da Galiza, pelo historiador e o grupo de acompanhantes, eis que fico por ali seguramente mais de meia hora a admirar a “corrida da mulher” patrocinada pela sport zone. Nunca tinha visto tanta mulher, milhares, que vinham do lado da rotunda da Boavista e se estendiam num nunca mais acabar pela Rua Júlio Dinis!...
E a lebre? Essa era uma das da frente, Aurora Cunha, em passo de corrida, pois claro.
Foi hoje, 25 de Maio de 2013, que se realizou no Marco de Canaveses o encontro comemorativo do 42.º aniversário do curso de 1969/71 da Escola do Magistério Primário do Porto.
Foi um dia muito bem passado e só temos a agradecer à Comissão Organizadora, constituída pelas colegas Ana Conceição Ribeiro, Maria Constança Alves Pereira Soares e Maria dos Remédios Silva.
Nem sempre é reconhecido o trabalho de quem organiza e, por isso mesmo, é que é de deixar aqui, publicamente, o nosso mais reconhecido agradecimento a estas três colegas e a todo o trabalho que tiveram e que não foi pouco, seguramente.
Agora, resta-nos desejar felicidades à Comissão Organizadora do encontro comemorativo do 43.º aniversário, constituída, para já, pelos colegas Armanda e José Manuel. Será em Amarante, no dia 24 de Maio de 2014.
Deus nos dê a todos saúde para marcarmos a nossa presença nesa data.
Agora, temos aqui as fotografias do encontro de 25 de Maio de 2013.
Hoje na grande entrevista no Jornal de Notícias Pinto da Costa deseja a reposição dos jardins na Avenida dos Aliados. Boa.
Notícia triste foi o desaparecimento de Georges Moustaki, o cantor melodioso que tanto ouvimos na juventude. Vamos ao youtube ouvir e ver as suas deliciosas canções e a sua figura inconfundível! Que saudades... Não digo que me fechei no quarto, mas quase, a desfolhar a sua voz, as lágrimas iam-me atraiçoando!...
Já notei, meu caro António, que tens uma particular apetência para reparar nos pecados da Igreja Católica Apostólica Romana, aqui designada simplesmente por Igreja. Não sei se mais alguém reparou nisso porque eu não queria ficar com a fama da mania da perseguição. Li com atenção o teu artigo e dou comigo a concluir o óbvio, ou seja, em todas as sociedades os seus membros pecam. Ou há alguma sociedade em que os seus membros não pequem? Não sejamos ingénuos... Aceite esta premissa, reparo no que não é novidade para ninguém, ou seja, a Igreja é uma sociedade dentro da sociedade. Como tal, tem as suas virtudes e os seus pecados. Era suposto não os ter? É evidente que sim como era suposto outras sociedades também não os terem. Era suposto ser um exemplo de virtudes? Era suposto ser mas se os seus membros são humanos, como podem eles próprios fugir a essa condição terrena? Felizmente para a sociedade civil que há muitos membros no seu seio que são exemplo de virtudes. Felizmente que na sociedade eclesiástica há muitos membros que são exemplos de virtudes.
Com o título em epígrafe foi a reportagem que hoje passou na RTP 1.
Os podres dos membros da Igreja, também portuguesa, estiveram no écran para sériamente tirarmos análises. Celibato, homossexualidade, pedofilia, foram depois escalpizados na RTP informação. Um dos quatro intervenientes, padre Mário de Oliveira, já bem conhecido pelas suas posições críticas, fala claro, frontal e não anda cá com conversa redonda.
Quem diria que a Igreja no século XXI andaria a carrear um saco tão pesado!...
Está visto que ninguém da Comissão Organizadora vem aqui ao nosso blogue passar os olhos e dizer alguma coisa. Também está visto que nenhum colega do Marco de Canaveses liga ao nosso blogue, pois nem uma palavra, nem um comentário, nem uma letra... Não faz mal. O que é preciso é não esmorecer. Nunca desanimar. Vamos lá pessoal. Vamos lá organizar aí no Marco de Canaveses um encontro memorável, comemorativo do nosso 42.º aniversário de curso.
Então é aqui que nos vamos encontrar no próximo sábado, dia 25 de Maio de 2013?
Estão todos preparados? Lá nos encontraremos para comemorarmos o 42.º aniversário do nosso curso, para convivermos e para passarmos um dia agradável no Marco de Canaveses.
Desde que me conheço, com breve intervalo a quando da comissão de serviço militar em Angola, marquei presença na romaria com o nome supra citado, que se realiza no dia de Pentecostes em Macieira – Fornelos. Não sendo eu um entusiasta deste tipo de ajuntamento de povo, a minha presença tem mais a ver com um certo apego à terra que me viu nascer. Pode-se dizer que é a mais importante romaria laico religiosa que se realiza no concelho de Cinfães e com nomeada nos concelhos vizinhos. Estou pois habilitado a fazer uma radiografia desta festividade desde os meus tempos de menino de calção.
A fé, sobretudo dos romeiros rurais, vai sendo aguentada à tona da água com sermões vozeirados por padres escolhidos a dedo debitados pelos altifalantes a quando da “santa missa campal”. Parece que o que está a dar é alimentar a fé do povo nem que seja com impacto de trombone demagógico.
Recuando ao tempo do salazarismo esta romaria tinha um cariz bastante tétrico, tal era o número de esfarrapados, pobres, estropiados, deficientes que andavam a estender a mão à caridade. Naquela altura as reformas, pensões, RSI eram uma miragem. Actualmente essas miserabilizações já não existem na festividade do senhor dos enfermos e as barracas de comes e bebes já não vendem vinho da pipa. No passado as cavalgaduras desciam da serra com os alforges prenhes de merendeiros, agora os quatro rodas vão-se acotovelando até chegar perto do arraial. E p´ro menino e p´ra menina os mais variados carrouceis dão um ar colorido à festança.
Duas notícias de âmbito religioso quero destacar destes diários.
D. Manuel Clemente, bispo do Porto, vai ser o sucessor do Cardeal Patriarca Policarpo. Parece-me que foi bem escolhido, é pessoa que fala claro, não tem discurso redondo. O JN diz que era o bispo que estava na calha e fica por aí. Já o Público é mais informativo dizendo mais verdades, que no passado o candidato era o bispo D. Carlos. Passou ao esquecimento, e não podia ser de outra forma, quando na imprensa apareceram coisas pouco dignificantes a envolver o bispo.
Outra notícia tem a ver com a estátua, que a câmara de Braga quer colocar numa praça, do falecido polémico cónego Melo. Segundo o Público, foi acusado por ser bombista e estar por trás da morte do padre Max. Pois em vez de se manter com as coisas da Igreja, extrapolou para fora do círculo religioso. Entendo que as forças de esquerda se oponham ao hipotético monumento ao cónego, persona não grata para muitos.
Hoje neste diário duas caixas jornalísticas me despertam a atenção.
Palma Inácio lider da LUAR (Liga de unidade de acção revolucionária) foi perpectuado com um busto aqui no Porto, no Largo Soares dos Reis, onde funcionava a PIDE/DGS, antes do 25 de Abril de 1974, onde esteve preso. O romântico antifascista foi sempre lembrado pelo audicioso assalto ao banco de Portugal, na Figueira da Foz. Eu próprio retive esse acontecimento pois ia no paquete Vera Cruz, repleto de militares, para Angola em missão de defesa da província ultramarina como na altura se dizia. Mas a memória que retenho desse amante da liberdade não fica por aí. Em data que andaria pelo começo dos anos setenta recordo-me dos média terem noticiado a prisão de Palma Inácio num estabelecimento de comes e bebes, em Lisboa, preparando-se para fazer mais uma acção conspirativa. Retenho de memória visual da TV a euforia do dono do estabelecimento pelo engavetamento do antifascista pela PIDE/DGS.
Outra notícia do citado jornal tem a ver com casos pouco dignos entre um sacerdote e um professor de dança cubana com relacionamentos intímos e extorsão de dinheiro, cito o JN. Ao menos no crime do padre Amaro de Eça de Queirós havia ele e ela! Isto passa-se no Funchal e veio-me à memória o triste caso do padre Frederico, lembram-se?