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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

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Tempo de marmelada

 

 

O marmeleiro, árvore de médio porte, folhas caducas e copa arredondada, exibe no período da florescência, flores de tons suaves, originando frutos de cor amarela quando maduros, de aroma inconfundível – os marmelos.

Cá pela serrania, ainda se mantém a tradição de se preparar com eles a tão saborosa marmelada caseira.
Recordando o tempo da minha meninice, em casa dos meus avós, era uma festa para a pequenada o dia destinado para esse efeito.

A azáfama começava logo de manhã. A participação de todos era imperativa e, para que não houvesse atropelos, as tarefas eram distribuídas. Uns separavam os marmelos já passados, outros limpavam-nos de uma espécie de penugem ,causa da casca pubescente, que fazia arrepiar, outros lavavam-nos, outros tentavam descascá-los, sendo essa tarefa mais apropriada aos adultos.

Uma enorme fogueira era atiçada para cumprir com a missão de cozer, numa grande panela preta, os marmelos que, depois de cozidos eram escorridos, esmagados no passe-vite e, por fim, passados por uma peneira, transformando a polpa num fino e homogéneo puré.

Enquanto isso, no fogão a gás, esperava-se que o açúcar ficasse no ponto pérola. Para isso fazia-se ferver água com o açúcar correspondente ao peso dos marmelos (1kg de açúcar para 1kg de marmelos). Para se ter a certeza de que o açúcar estava em ponto, bastava colocar uma pequena porção do líquido em água fria. Se se obtivesse um pequeno rebuçado, era hora de juntar a polpa do marmelo, mexer bem, deixar levantar fervura e distribuir pelas diversas tigelas, cobertas com papel vegetal, embebido em aguardente. De seguida eram postas orgulhosamente e perfiladas no peitoril das janelas a secar.

Ora o conteúdo das tigelas era a cobiça não só das pequenas abelhas que aí faziam verdadeiras luras, como também da pequenada que ávida de gulodice, ardilosamente mançupiam o seu conteúdo através de uma palhinha, ficando apenas uma capa por cima. Quando o esquema era descoberto, era um Deus que nos acuda e os açoites não se faziam esperar.

Actualmente poucas pessoas seguem esta receita tão morosa dos nossos avós. Eis a minha receita:
Cortar os marmelos, retirar-lhes as pevides, pô-los a cozer com a casca (2kgs de açúcar para 3kgs de marmelos). Depois é só verificar o ponto exacto.

Não é necessário a seca, tem a vantagem de ser à prova dos larápios.

É fácil, barato e muito, muito mais rápido. Já fiz a minha e depois de degustada por grandes chefs, passei no teste com distinção. Experimentem vocês também.

 

Com açúcar, com afecto.
Benilde

O cerco do Porto

 

arroz doce

 

O passeio JN/FNAC de ontem, domingo, 28 de outubro de 2012, com o GERMANO SILVA, teve como tema O CERCO DO PORTO. O meu amigo António abordou o tema no artigo anterior. O que me traz aqui então? Muito simples: duas histórias que aprendi com Germano Silva. As duas estão relacionadas com o cerco do Porto e com o arroz. Sabem, por acaso, quem inventou o arroz doce? Pois os que não sabem ficam a saber que o arroz doce foi inventado pelas mães, donas de casa e cozinheiras do Porto que, durante o ano em que ocorreu o cerco do Porto, só cozinhavam arroz. Então, alguém se lembrou de criar uma nova forma de apresentar o arroz. É que já estavam todos cansados de comer arroz. Vai daí, o arroz doce sempre veio mesmo a calhar... Por outro lado, a outra história tem a ver com o facto de se dizer a alguma criança, quando lhe queremos dar um castigo, «anda cá que eu dou-te o arroz», ou seja, dar arroz a alguém já era tido como castigo. Vai daí, dar o arroz a alguém era, pura e simplesmente, dar-lhe punição...

Olhar o Porto - CLIV(O Cerco)

Vou começar esta pequena crónica, já que me falta substância, à boa maneira de alguns média, que nos presenteiam com crimes de faca e alguidar. Pelo que se tem visto é sobretudo no meio familiar que casos dramáticos acontecem como o que vem hoje no JN com gente conhecida  de casa abrasonada de Braga. São casos transversais que sucedem quer com gente do pé rapado como do colarinho branco.

Dirigindo o olhar para a nossa história, dois irmãos, D. Miguel e D. Pedro desentenderam-se e engalfinharam-se em luta fratricida.  O primeiro absolutista e o segundo de ideias liberais colocaram a cidade do Porto a ferro e fogo.

Hoje o passeio histórico à cidade com Germano Silva estava programado para ir a alguns morros à volta da cidade onde as baterias dos liberais se posicionaram. Com pena minha não pude participar, uma ligeira gripe reteve-me. Naquela altura, século XIX a cidade não ia além do Marquês, Antas e Bonfim. O cerco à cidade pelos absolutistas durou um ano que causou toda a sorte de privações. Com a vitória dos liberais, os bravos do Mindelo, D. Pedro IV foi reconhecido pelo povo do Porto que lhe ergueu uma imponente estátua equestre no sítio mais nobre da cidade, a Praça.

 

 

    (antonio)

 

Olhar o Porto - CLIII(Memórias)

A nossa vida é feita de memórias que vamos acumulando, umas mais vincadas, outras que se vão perdendo na voracidade do tempo.

Há locais, sítios que memorizamos e que fazem parte do nosso imaginário. Temos como que uma apropriação de espaços que quando são eliminados ficamos com o semblante mais carregado. Estou neste sentido a lembrar-me, por exemplo dos belos jardins que havia na Baixa enquadrados por não menos belos pavimentos desenhados com calcário e basalto. Tenho-me repetido a falar nos Aliados mas nunca é demais. Estou também a querer referir-me a intervenções que alteraram para melhor as nossas memórias, não sou só um bota abaixo como poderá parecer. Nas minhas andanças solitárias pela cidade de nariz no ar a ver as cornijas, estatuetas e varandas de ferro forjado destaco  o caso do antigo cinema Águia Douro, estava a cair de podre,  agora está com outro visual, virou para hostel; e um palacete na Rua Morgado Mateus que estava num caco. Em 1975 foi ocupado pela LUAR(Liga de Unidade de Acção Revolucionária, gira designação, que tinha à cabeça Palma Inácio) para um infantário, e agora está em avançadas obras, cheira-me que também será para residencial low coast,

Outra vertente são as casas comerciais que eram pontos de referência e que aqui e ali vão fechando  as portas. Quero referir-me a uma na Rua do Heroismo, não só por ser das mais antigas mas também por ter sido dum vizinho meu que também se viu forçado a fechar. Já tenho 73 dizia-me, mas ainda de boa forma física digo eu, na minha óptica a crise no comércio  será a razão mais forte.   Ontem passei pela rua do Almada, fui comprar um puxador de gaveta a uma conhecida casa de ferragens que está num estertor sem retorno. Observo o tipo de conversa de dentro do balcão para fora num desânimo e claro, num vergastar estes e os anteriores governos que deixaram descambar para situação cada vez pior sem fim à vista. Uma cidade está sempre em mutação, pois está, mas queria-se para melhor.

 

 

  (antonio) Ant.Gonç.

Nunca é tarde para aprender

 

Cavaquinho português

 

Alguém disse: "Nunca é tarde para aprender". E eu, que já conhecia esta máxima ou aforismo, disse logo que sim quando me convidaram para aparecer no grupo OS CAVAQUINHOS DO MARQUÊS. No primeiro encontro espetaram-me logo com um cavaquinho nas mãos, ensinaram-me a pô-lo ao peito, puseram-me a palheta entre o indicador e o polegar da mão direita e aí vai disto. Depois de me dizerem que até tinha jeito, que não sei quê e não sei que mais, lá voltei. É só às quintas-feiras à noite. Desta vez, já com um cavaquinho comprado por mim. Se já orgulhoso ia, mais fiquei por me dizerem que era um cavaquinho dos melhores e não sei quê e não sei que mais. Comprei também um aparelho para afinar o instrumento, já que eu gosto de fazer o trabalho de casa. Quando lá chego, ainda não está lá muito bem afinado mas está a melhorar de semana para semana. E pronto. É um grupo maravilhoso, de todas as idades, e onde me sinto muito bem. Estou a fazer os possíveis para aprender alguma coisa. Vou fazer por isso, ok?

Serões na Aldeia II

Quando o vento impiedoso iniciava o seu árduo trabalho de fustigação às débeis folhinhas que teimosamente permaneciam nas já semi despida vegetação e as primeiras chuvas abençoavam a árida e seca terra, era tempo da pequenada permanecer dias infindáveis em casa, privando-a de jogos saudáveis ao ar livre.

Nas longas noites de Inverno, como meio de convivência e como distracção, enquanto os adultos se disputavam à sueca com todas as manhas que o jogo exigia mais parecendo sofrerem de tiques, tal como o piscar do olho, o abanar a cabeça caso tivessem em mão a bisca de trunfo ou o Às e outros acordos previamente definidos, as crianças brincavam ao jogo dos botões. Apesar de ser um jogo tipicamente de rapazes, as meninas por vezes entravam em cena, sem preconceitos.

O único material necessário era os botões. A criançada arrastava-se de joelhos pelo espaço da cozinha que, em casa dos meus avós, era espaçosa e com uma área de paredes suficiente para um elevado número de participantes.

O jogo consistia em bater com o botão contra a parede, fazendo-o ressaltar o mais longe possível, dificultando a jogada do participante seguinte que teria de colocar o seu botão a uma distância de um palmo do seu adversário. Caso conseguisse ganhava-o. Era vencedor quem arrecadasse mais botões.

Este jogo embora aparentemente inofensivo e de poucos arrufos, por vezes, trazia cargas de conflitos.

Antigamente, as fronhas das almofadas eram apertadas com botões madrepérola, sendo cobiça dos apaixonados da jogatina.
Eram nas arcas, onde se guardavam as roupas só postas a uso aquando a vinda do médico a casa, que os falidos se iam abastecer. Poder-se-ia dizer ser uma espécie de Casino onde levantavam as fichas. Quando o roubo era detectado, iniciava-se um processo de averiguação. Os adeptos desta modalidade eram os primeiros a serem inquiridos e depois de bem espremidos, lá confessavam o crime só que a receita do furto a maioria das vezes já não estava em suas mãos.

Então, novo conflito se estendia a outras famílias, outras casas, desencadeando outro processo de averiguação onde eram detectados os botões que, embora roubados, já eram pertença justa do jogador que se digladiou ferozmente pela sua posse.
Felizmente como pessoas educadas e compreensivas que eram, tudo acabava bem. Porém, não deixavam passar o ocorrido em vão; com um bom sermão acompanhado de missa cantada, aproveitavam para dar umas boas lições de moral aos prevaricadores que juravam a pés juntos, não voltarem a pecar contra o 7º Mandamento de Deus, promessa essa que também raramente nos tempos de hoje, é cumprida pela maioria dos nossos políticos.

 

 

Fiquem bem, Benilde. 

Pela ruralidade - CXXIV(Povo unido)

Quem nasceu no meio rural apesar de ter emigrado para o rebuliço citadino tem sempre ligações umbilicais quer materiais quer sentimentais às raízes. É o meu caso, e assim nesta qualidade já tenho falado na minha terra natal.

Hoje no JN, anteontem já tinha sido anunciado, vem uma notícia que me despertou a atenção, até por ser no concelho de Gondomar, onde resido há já muitos anos. O título da caixa é: "Jancido em festa dá exemplo ao país”. No desenrolar da notícia diz-se que o povo da localidade juntou-se e sem ajuda camarária (eh sr. Presidente não terá gostado nada disto vir assim a público) reconstruiu uma ponte sobre o rio Sousa, em ruinas há mais de vinte anos.

Ao ler isto e puxando a brasa para a minha sardinha, como seria frutuoso a união das pessoas para realização de trabalhos nas suas terras. Em Fornelos, Cinfães, faria muito sentido o povo unir-se em tarefas do bem público, nomeadamente limpeza dos caminhos tradicionais, alguns do tempo dos romanos como por aqui já referi, e que estão intransitáveis. Os serviços oficiais dizem que não têm verbas, e não terão, o aperto do cinto é geral. São trabalhos que poderiam ser feitos por alguns do RSI, parece que estava para sair legislação nesse sentido, aguardamos.

 

 

  ver: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=596797&tm=8&layout=122&visual=61&utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

 

 

      (antonio)

Mestre-escola e professor primário

É sabido que no tempo dos nossos pais o analfabetismo era grande sobretudo nos meios rurais. Era então  considerada uma trilogia de gente do saber nomeadamente o padre, médico e o professor que eram respeitados pela população. Já por aqui abordei esta temática. Mas no passado nem sempre assim foi.

Vou hoje aqui transcrever parte de um interessante artigo, título em epígrafe, que veio publicado no semanário “Educação Nacional” nos finais do século XIX, onde o autor, Cesário Tavares, retrata como a sociedade da época, via o sector mais letrado com desprezo, nomeadamente o mestre-escola e professor primário.

 

“Litteratos e jornalistas ainda a miúdo empregam em seus escriptos a expressão mestre escola para designarem o modesto funccionário que gasta a vida na tarefa ingrata da primeira instrucção, e que dá um forte exemplo de sublime coragem no trabalho, de abnegação e de civismo. Nada havia que dizer a tal forma de referência, se ella não envolvesse certo menosprezo da parte dos que a empregam pelos obscuros trabalhadores da escola popular, os pacientes, os resignados pioneiros da melhor civilização, a que levanterá um mundo novo, erguido nas bases inabaláveis duma ordem social justa, a derivar-se da noção poderosa do dever que há-de existir em todas as almas. Até a entidade professor primário, mestre-escola, no citado dizer expressivo, serve ainda às vezes a romancistas, contistas, escriptores de teatro, jornalistas e gazetilheiros, ou de typo irrisório de caricatura grotesca, ou de inspiração de prosas trocistas, de versos hilariantes. Assim nisto se nivelam muitos trabalhadores do pensamento, ou às vezes  taes, com a baixa canalha que nas sociedades ainda vegeta, sem creação e sem lettras, sem outra lei que a da necessidade, sem outro respeito que o da força da autoridade constituída, rebelde à civilização, invejosa do justo bem que os dignos desfructam, e na qual o professor primário ainda suscita certa mofa, algo de revoltante grosseria. Restos da tradição do mestre-escola ignaro, sem saber  e sem caracter, a lembrar na aversão geral com que o tratavam, nas vaias, nos apupos com que era sempre saudado da gente grosseira, sem ideaes, aquelle desprezível escravo que os spartanos embriagavam para servir de asco aos que deviam ser os futuros cidadãos da republica valorosa.

Na verdade o mestre-escola era uma creatura limitada, sem boas noções profissionais, cheio de baixezas e servilismos, quasi mendigo, quasi palhaço, com vivos traços de charlatão, um todo de ser nauseante e profundamente lastimável. Entretanto quantos deles, talvez, não possuíram almas superiores, de excepção, com altas e legítimas ambições, e aos quaes a sorte afligiu com requintes de tortura nessa posição deprimente, a imaginação a mostrar-lhes distante, mallogrado, nas horas de mais funda melancolia, um destino sonhado de venturas e de bem merecidas glórias. Fado talvez! Doloroso a semelhar a lenta agonia pavorosa dum inocente para toda a vida sepultado no fundo dum carcere, e que, se compraz em ver à noite no céu, pela fresta da prisão, a luz de certa estrella, em que o triste symboliza a alegria que perdeu, as boas esperanças que o animavam, porventuras as seduções dum lar tranquillo, ridente e feliz.

É preciso, porém, dizer-se que o escarneo das multidões pelo mestre escola não provinha da triste individualidade que elle definia no meio social. Tinham um mais fundo determinismo as zombarias cruéis de que era alvo continuo o triste educador. Fosse elle, afinal, como fosse, o desgraçado era um inconsciente servidor da civilização, a idea tinha já nele um apóstolo, ainda que sem eloquência  nem enthusiasmo. Ora é um facto provado que as profissões de maior elevação numa sociedade de verdadeiros homens eram as reputadas mais ínfimas nos seculos de ignorância quasi geral, já do domínio da historia. Professores, médicos, até escriptores, estavam num plano muito baixo da escola social. Eram todos homens que tinham por missão augusta levar para deante o mundo, para o bem, para a beleza, para a justiça, para a verdade. Que haviam de arrancar a espécie à bestialidade nativa, sufocar o egoísmo pessoal, insufflar nas almas todas o alto principio do maior dever, o dever do progresso moral, da conquista duma fecundante liberdade, duma vida digna.”

 

 

 

        Ant. Gonç. (antonio)

Quo vadis Portugal?

Estou, realmente, muito triste com o meu país. Eu acho que já bateu no fundo do poço. Acho mesmo que não deve bater mais fundo, senão vejamos:

  1. Onde é que já se viu o mais alto magistrado de uma nação içar ao contrário a bandeira nacional do seu país, rir-se do que está a fazer e deixar ficar assim içada?
  2. Onde é que já se viu um oficial do exército dizer do ministro que tutela a sua área, neste caso o ministro da defesa, que «...não tem vergonha na cara...» ?
  3. Onde é que já se viu um bispo dizer que as manifestações de rua não resolvem nada e blá, blá, blá ...
  4. Onde é que já se viu jovens a terminarem no ensino público os seus cursos de enfermagem e a terem de emigrar para o Reino Unido, só com bilhete de ida, para poderem ter trabalho garantido?

Este país bateu mesmo no fundo. Este meu país já não tem mais por onde se afundar. Quem te viu e quem te vê... QUO VADIS PORTUGAL ?

Sem título

 

A história repete-se? Parece que sim.

Será que temos um seguidor do Cardeal Cerejeira nos ideais de aliança ao poder?

Pois o senhor Cardeal José Policarpo ao insurgir-se contra as manifestações populares fez figura triste, não havia necessidade.

Se tivesse dito que era contra manifestações violentas, estaríamos de acordo, mas não.

Se está aliado ao poder é lá com ele, mesmo que este lhe aumente o preço do tabaco, digo eu com alguma ironia que é o que me apetece!...

O povo manifestar-se é um direito democrático, tal como não é pecado ser fumador, senhor patriarca.

 

 

  (antonio)

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