Ponto de vista em jeito de esclarecimento
Tenho uma amigalhaça que tanto amiga que é, e digo isto sem sofismas ou ironia, não se inibe de me criticar de eu de quando em vez por aqui fazer uma ou outra crítica ao presidente da C. M. Porto. Até teve a simpatia de me interrogar em termos que até considero lisonjeiros (sinal que devia ter clube) mas que não correspondem à verdade:
- Ouve lá, tu és do Bloco de Esquerda?
- Não, minha cara, não tenho tendências, anda tudo minado, sou livre como uma andorinha.
Essa amigalhaça (como é bom nesta fase da vida ter gente porreira) se lesse com cuidado o que tenho dito sobre o autarca em questão certamente que alteraria a sua atenção pré faccionista. Por muita crítica que eu tivesse feito ao timoneiro da cidade do Porto, o que não é o caso, deixo isso para o Abrunhosa, bastava o que disse num post sobre a verticalidade de homem sério (que é uma grande virtude nos tempos que correm) pois quer deixar a câmara sem dívidas, para cair por terra o que aquela boa amiga me quer simpaticamente assacar. Claro que o pecado maior de Rio, mas aqui também ouve conluio de outras forças políticas, foi a descaracterização da Baixa do Porto(veja-se a “Menina Nua” que no passado estava rodeada com flores que a perfumavam e aqueciam e agora está gelada com um sorriso amarelo a olhar para a envolvência petrificada), como disse também o grande conhecedor, historiador da cidade, Germano Silva, com as obras do Porto 2001. De qualquer forma Rio tendo em conta o deve e o haver não seria eu a ajudar a coloca-lo no altar. Já agora vem a talho de foice como é hábito dizer, eu e muitos que se interessam pelo conhecimento da cidade têm tido a ajuda do JN e da Fnac que nos têm disponibilizado o eminente cicerone conhecedor do Porto até mais não, atrás referido. Eu e Franc. temos aqui neste espaço partilhando essas vivências, temos sido alunos assíduos. A Câmara do Porto que no passado oferecia aos munícipes esses passeios à cidade, agora nicles, não há nada p´ra ninguém.
É verdade, poderá até ser o caso da minha interlocutora, enfatizamos mais aquilo de que não gostamos, mas devemos, e eu também procuro fazer esse esforço, valorizar o lado positivo deixando o acessório. Quer em termos partidários quer noutra vertente em termos futebolísticos devemos ter abertura e não nos fecharmos em bunkers, sem uma crítica construtiva ao clube ou ao partido. Não vivo na cidade do Porto mas é como vivesse, pois todos os dias ando por lá a calcorrear as pedras da calçada, sinto-me no direito e até dever de trazer para este espaço a beleza da cidade e as tropelias de que tem sido acometida. Isto chama-se, gostar da cidade. “Yes man” não é o meu lema.
Fiquem bem, (antonio)
PS: Nos meus posts ora redijo conforme o novo acordo ortográfico, ora não.