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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

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As Janeiras

Em Arouca mantém-se ainda a tradição de cantar as janeiras.
Pequenos grupos de homens e mulheres, trajando vestes regionais, afinam as vozes e de casa em casa cantam animadamente, desejando a todos os presentes um feliz e próspero ano novo.
Habitualmente as vozes são acompanhadas de instrumentos musicais tradicionais: ferrinhos, bombos, concertinas, pandeiretas, cavaquinho…
As pessoas ouvem silenciosamente as cantigas, cujas letras lhes são dirigidas e, orgulhosamente, abrem as suas portas para um são e alegre convívio. Quando os janeireiros não são convidados a entrarem, esperam que os donos lhes ofereçam as janeiras: presunto, salpicão, vinho, doces…
No final da atuação, os grupos reúnem-se e fazem a divisão de tudo aquilo que conseguiram. Atualmente embora não seja tradição, preferem um dinheirito, não só por ser fácil a sua divisão como também não é tributado pelas finanças.

 

Boas festas, Boas festas
Boas festas venho dar
A todos os colegas
Que este blog vão visitar.

Vinho, queijo e marmelada
Lombo de porco e vitela assada
Pão com manteiga, chá e café
O Deus menino nascido é.

 

Com as saudações tradicionais, Benilde.

Olhar o Porto - CXXVII(O gato aflito)

A rua de Costa Cabral vai da Praça do Marquês de Pombal, vulgo Marquês, antigo Largo da Aguardente, passa pela Cruz das Regateiras e chega à Areosa. Foi aberta no tempo dos Almadas e passou a ser desde aquela época uma das principais saídas da cidade para norte. No troço ali por alturas de Silva Tapada ainda hoje se podem ver moradias apalaçadas onde o trabalho na pedra deixa-nos boquiabertos. Foram de gente de dinheiro, ganho sobretudo no Brasil como se pode ver mais à frente na Cruz das Regateiras, o edifício do hospital do Conde Ferreira mandado fazer por este abastado emigrante. Atualmente ao longo da rua já há construções de betão, de certo modo a vão descaracterizando, mas isso é inevitável.

Num dos blocos de apartamentos T 1 uma família de gente de cor, (helas, xenófobo nunca fui) por lá habitava, mas a renda era certamente cara para as posses. A vida não é fácil para ninguém e esta família parece que já não pagava o devido ao senhorio, até que se pôs ao fresco. Todos menos um, pois deixaram o apartamento fechado e lá dentro um gato, não se sabe com que intenção.

Miau, miau, dia e noite o felino procurava ajuda desesperadamente. A vizinhança começou a interrogar-se o que fazer perante situação tão insólita. Contactado o senhorio, por sinal uma instituição da cidade, e então chamou a polícia e de seguida os bombeiros para socorrer o bichano. Então se os Voluntários já têm salvo canídeos e felinos que caem a poços, como não rebentar a porta ou janelas do apartamento para salvar o bicho?!...

Todas as formalidades acertadas e o aparato de salvamento em ação. Entretanto na rua ia-se juntando um magote de reformados, uns expectantes a observar as movimentações, outros a dar uns bitaites sobre o andamento das operações. As mulheres eram as mais pingonas acerca da infelicidade do felino e argumentavam de raiva espumosa, que gente insensível… deixar assim o gatinho, mereciam ir para a "frigideira" do Tarrafal!... Se rebentar a porta era uma das soluções, optaram os Voluntários por, do andar de cima, descer por uma escada suspensa até uma janela que foi partida e assim se teve acesso ao aflitivo. Apanhado com aquelas redes apropriadas, assustado e com a barriga a dar horas e de que maneira, lá foi levado certamente para a Sociedade Protetora dos Animais para aí se refazer da angústia, comendo uns jaquinzinhos frescos acabados de chegar da lota, presumo eu.

Há muita gente amiga dos animais, mas nem todos o são.

 

 

  (antonio)

Uma seca brutal

Na viragem do ano Velho para o Novo enquanto muitos estavam a ver na TVI quem é que ia para a cama com, outros andavam aos pinotes, felizes, a enxotar o “Velho”, eu fiquei no sofá fazendo “zapping” em frente do ecrã mágico, parando pelo Porto Canal que estava a dar em direto o foguetório que subia da CMP.

 

- Boa Rui Rio, andam a dizer que és um unhas de fome mas fizeste ver ao Costa da CML, que este ano jogou no escuro!... Trocaram-se as voltas, a Lisboa gastadora deu um bom exemplo troikeiano, agora os de cá de cima bem podem baixar a bolinha!

Mas voltemos à Baixa através das reportagens do Porto Canal. A figura mais aparecida, ávido tal como os políticos de protagonismo, de seu nome Fernando, conhecido já a nível nacional com alcunhas que me dispenso de referir, e que diz à boca cheia “o meu pai é Pinto da Costa” (em Lisboa quando por lá aparece junto às câmaras, já não diz a mesma coisa). A jovem repórter viu-se à nora com aquela figura tão adesiva como uma lapa. Para uma próxima bem poderá o Porto Canal socorrer-se de seguranças para proteger os repórteres da impertinência de semelhante emplastro.

Estive a redigir estas linhas enquanto estava a apanhar uma seca do camano à espera que a dentista me atendesse, não tinha consulta marcada. Ao menos tinha à frente da sala de espera a verdura do jardim Paulo Valada.

 

 

 

 

  (antonio)

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