Justiça à portuguesa
Dois casos nos últimos dias vieram mais uma vez por a nu as fraquezas da justiça que todos os políticos dizem que está mal mas ninguém faz nada para por tudo nos carris.
Vamos ser claros, se eu tivesse um familiar em apuros com a justiça, ficaria satisfeito se houvesse um advogado batente, que o safasse das grades. Mas a justiça deve ser encarada globalmente, que satisfaça a comunidade no seu todo, e acabar de uma vez por todas com uma justiça para ricos e outra para pobres.
- O caso do presidente da câmara de Oeiras veio por a nu aquilo de que já todos sabemos quando se fala de justiça.
- Outro, foi o crime que se passou em Oliveira do Bairro, um engenheiro que matou o genro, advogado. A filha do Engº e a neta estavam presentes. Ao fim de meio ano foi mandado para casa, a aguardar julgamento, com pulseira electrónica.
Agora compreendemos a Alemanha que nos tem posto nos eixos, somos um país desordenado que não se dá ao respeito e por isso devemos sofrer as consequências. Neste país as condenações em primeira instância são de imediato aplicadas. Aqui, em Portugal, todos sabemos o que se passa. Se houver "pilim" para pagar a um bom advogado, no caso de condenação, apela-se para a Relação e se a coisa não agradar vai-se para o Supremo e depois para o Tribunal Constitucional… Conhecemos o ditado popular, enquanto o pau vai e vem folgam as costas, até à prescrição final.
Nos Estados Unidos as coisas também são a valer. Veja-se o caso do realizador de cinema, Polanski que apesar de ter agora 78 anos se voltar para a América é logo engavetado por crime que cometeu em 1977 e agora mais recentemente aquele cidadão, que ao fim de mais de quarenta anos, foi preso em Lisboa pela polícia portuguesa à ordem do FBI por crimes cometidos há décadas!...
(antonio)