Bacanais ontem e hoje
(para os mais sensíveis imaginem uma bolinha vermelha no canto superior direito deste post)
Estavamos no início dos anos setenta do século passado. Recente professor, fui colocado numa escola com situação privilegiada, junto à confluência do R. Douro com o mar, lado poente do jardim do Passeio Alegre. Escola onde funcionava a secretaria da Delegação Escolar. O delegado também acumulava com o ensino que ministrava a uma turma e vivia ali pela Foz, conhecia os hábitos e costumes dos residentes.
Numa das conversas que manteve com este recém chegado professor, falava-me das "marotices", à luz dos ditos bons costumes, de gente de status.
- Senhor … (fulano), dizia-me (tratava-me com parcimónia), há por aí festas restritas de casais que na hora mais in do gáudio, punham as chaves em cima duma mesa, baralhavam-nas, depois pegavam ao calhas e assim por uma noite faziam troca de parceiros(as).
Lembrei-me desta conversa com o veterano professor, agora quando as notícias falam em orgias que pelos vistos envolvem gente do social e outros com bolsos gordos. Claro que agora as coisas saltaram para o domínio público, os noticiadores atestam até com videos e por outro lado os alegados intervenientes negam a pés juntos. Enquanto uns desembaralham estes casos, outros dizem que tudo o que se passa dentro de portas sendo de comum acordo não há nada a apontar.
Pronto, já houve casos sonantes de sexo como o Ballet Rouge antes do 25 de Abril, depois o caso da pedofilia e agora também este que ajuda a vender papel. Até as televisões esmiuçam estas bandalheiras como sete cães a um osso!
(antonio)