No dia 28 de agosto de 2011 realizou-se mais um Passeio pelo Porto, organizado pelo Jornal de Notícias e pela FNAC, com a colaboração da Metro do Porto, com a participação do Rancho Folclórico do Porto e guiado pelo jornalista/historiador/escritor Germano Silva. Aqui fica disponibilizado o álbum fotográfico realizado por 4 passeantes: Beatriz Silva, Isabel Portal, Francisco Rodrigues e Maurício Branco.
Último domingo de Agosto, mais um passeio à cidade promovido pelo JN/FNAC. Às 09H30, hora marcada para a partida junto ao portão principal do Palácio de Cristal. Chega o cicerone destas andanças, o veterano Germano Silva. Passo firme e acelerado, tinha vindo a penantes desde a Praça do Marquês, leve como uma pena, fresco como uma alface, disfarçando e bem a idade mental e cronológica ( dica no fim do post para Maurício Branco).
Depois dum briefing de apresentação, logo ali o Rancho Folclórico do Porto que dá a sua contribuição às visitas à cidade, faz a sua primeira actuação. Seguimos pela Rua de Vilar que era no passado caminho para Matosinhos, onde pontuavam os palacetes da burguesia da época. A seguir pela Rua dos Moinhos que mais não é do que um caminho pedonal, bem rural, que ladeia o Rio de Vilar onde no passado havia moinhos que moíam o cereal para os habitantes da cidade. A fonte com as suas águas ditas milagrosas era muito concorrida, hoje a água que dela jorra é imprópria para consumo. Continuando a caminhada por Massarelos e Miragaia, locais de residências dos mareantes que tinham ali à perna a grande auto estrada – o Rio Douro. Imagens do Senhor dos Navegantes e de S. Telmo atestam a vocação marítima. Em Miragaia a Fonte da Colher também mereceu a referência do mestre Germano Silva. Quase escondida num canto, fica despercebida de quem não anda atento aos pormenores da cidade. O edifício onde funcionou a Alfândega foi construído em pleno areal num local onde existiam os célebres estaleiros navais. Claro que hoje ninguém coloca em causa este grandioso edifício, no entanto convenhamos que veio abafar toda uma frente ribeirinha de Miragaia que assim ficou emparedada, empobrecida, sombreada, sem vistas para o rio, um dos grandes erros do passado na nossa óptica. Podemos imaginar essa frente de Miragaia sem essa taipa!...
Finalmente, Germano Silva não esqueceu as tripas à moda do Porto, o prato da moda, ao falar destes locais de construção de navios que demandavam o norte de África. Votem nas tripas no concurso "7 maravilhas de gastronomia de Portugal", sugeriu o professor.