Olhar o Porto - CV (Portugal turístico?)
Quando se anda pela Rua de Santa Catarina, onde a cidade mais ferve, há sempre um conhecido, amigo ou colega de curso com quem tropeçamos. Antigamente dizia-se: se me queres encontrar passa pelo "Turísta", café entenda-se, hoje é o Via Catarina e a rua do mesmo nome ponto de encontro.
Então ia eu pela Rua da santa e encontro um bacano, amigo da tropa com quem já várias vezes temos tido oportunidade de entabular conversa. Cumprimento da ordem e fomos alapar numa esplanada da Praça da Liberdade. Em Santa Catarina a confusão estava prevista com arruadas (como eu gosto deste neologismo, mas se não o é apenas o escuto em campanhas eleitorais!) dos dois maiores partidos que andavam por ali no folclore do costume.
Bem, então pedimos um fino para cada um à jovem menina que servia na esplanada. Veio a solicita empregada com dois copos vulgares, cilindricos, a abarrotar, dizendo que não tinham "copos de fino" mas que se quisessemos trazia depois meio copo uma vez que estes não tinham o tamanho do chamado "copo de fino". Ficamos perplexos.
Bebemos e depois antes de pedirmos o tal prometido meio copo, perguntamos porque não tinham "copos de fino" uma vez que nas mesas não se viam, apenas um na mesa de um cavalheiro. A resposta da moça foi singela, que compreendia a questão mas os copos têm partido e o patrão ainda não pediu mais.
Bem, ficamos os dois em diálogo, interrogando-nos como pode este país andar p´ra frente com empresários assim. Num sítio nobre da cidade, isto acontecer não lembra ao diabo.
Passem por lá e confirmem o que estou aqui a desmascarar, é à beira do Banco de Portugal. Façam como nós, peçam um fino. bebam copo e meio e paguem um!...
(antonio)