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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Maio, maduro Maio...

No fim de semana e princípio da actual apanhei uma "barrigada". Isto dito assim até parece que andei a abarrotar-me de tripas à moda do Porto, cozido à portuguesa ou bacalhoada à Gomes de Sá, tudo pratos típicos aqui da região. Poder-se-à também apontar que certamente apanhei uma "barrigada" de riso (ou talvez não) ao ver os pesos pesados que estão no programa da Júlia Pinheiro, com barrigas descomunais. Mas se estivessemos a falar no feminino então o sentido era outro. Mas deixemos os entretantos e passemos então ao início deste post.

Tinha eu visto no domingo como já aqui falei no post anterior uma reportagem sobre o cantor José Afonso. Pois ontem não é que paro no canal TV - África e vejo outra desenvolvida evocação do cantor!...Uma resenha estórica da sua vida intercalada com as canções que foi sucessivamente compondo. Desde Moçambique onde lecionou e depois passando pelo Algarve, Paris etc. Dos muitos amigos e outros testemunharam as suas qualidades para a canção, destacam-se os galegos que sempre o acarinharam escutando-o atentamente.

A canção era uma arma que de facto tão bem sabia interpretar.

O Zeca partiu, já lá vão uns anitos, ficamos com a imagem dele daquela altura e ainda bem, e vamos esquecer o que vou dizer a seguir, hoje seria um idoso de 82 anos.

 

 

  (antonio)

Venham mais cinco...

Domingo, primeiro de Maio dia do trabalhador e pelos vistos dia da mãe.

Um dia assim meio farrusco, deu para ficar em casa já que ir para os centros comerciais fazer monte ou ir no para arranca até à Foz não é coisa que me agrade. Como por norma durante a semana vou para o ginásio dar umas esticadelas não me penalizo de ter ficado entortado no sofá a ver televisão. Ao percorrer os canais dou com as tradicionais comemorações do 1º de Maio pela Intersindical e UGT em Lisboa.  Não me pareceu que a faladura de Carvalho da Silva por um lado e João Proença por outro tenha arrastado muitos descontentes. Mas por aí não me demorei, novo zapping e eis-me no Canal Memória e então por aí fiquei de pedra e cal. Primeiro apanhei o poeta e contador de estórias José Fanha e depois o último concerto de José Afonso, um icone dos valores do 25 de Abril, no Coliseu de Lisboa, foi há vinte e poucos anos. Do desenrolar das várias canções do "Zeca" era assim que também era conhecido, fez-me recuar para o tempo do PREC, "Venham mais cinco" "Traz um amigo" "Maio maduro Maio" etc, etc, e a cereja em cima do bolo no final "Grandola, Vila morena", não sem antes convidar para o palco pessoas da sala para o ajudar a cantar. A força das suas canções que marcaram uma época fizeram-me várias vezes limpar os olhos, lágrimas marotas estavam-me a tocar na minha sensibilidade. Uma mesa redonda, companheiros do Zeca e gente da geração mais nova falaram demoradamente sobre as qualidades deste poeta cantor e filósofo.

E na Praça da Liberdade e Avenida dos Aliados  disseram-me que hoje houve por lá missa campal, ou seria benção de pastas, para os estudantes que estão na semana da queima. Interessante, há 38 anos e mais, havia sempre por ali neste dia charrafusca entre a polícia de choque e os contestatários ao regime então vigente, estando a massa estudantil em primeiro plano. Também andei por lá, não na primeira linha, mas nunca apanhei com o azedume do cacetete.

 

  (antonio)

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