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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Olhar o Porto - CXII (Os Almadas)

Os passeios pedonais que o JN e a FNAC patrocinam no último domingo da cada mês por um lado, quer os que a CMP  também tem realizado, são aulas sobre a cidade muito interessantes do ponto de vista histórico. Têm também o condão de nos despertarem fisicamente nas manhãs calmas de domingo.

A aula de hoje, chamo-lhe assim, rodou à volta dos Almadas, pai e filho, João Almada e Francisco Almada  que tal como o marquês de Pombal em Lisboa aqui no Porto deixaram obra notável. Podemos dizer que há uma cidade do Porto antes e depois dos Almadas. Assim como em Lisboa há a baixa pombalina aqui no Porto há para além do núcleo do centro histórico obras de vulto destes dois empreendedores de rasgadas vistas. A cidade até então confinada dentro das muralhas fernandinas estendeu-se para fora do muro sendo um dos principais eixos a Rua  que se veio a chamar do Almada até à praça da República. Com a construção da Praça da Ribeira e o Rio da Vila encanado sob a Rua de S. João estava assim facilitada a saída das mercadorias, que chegavam pelo Rio, até às partes mais altas da cidade e para além desta.

Estes passeios à cidade além dos aspectos que já foquei fazem-nos passar em ruas que normalmente não utilizamos e ver o bom e o mau da cidade de hoje. Assim na Rua do Pinheiro o historiador e bom comunicador destas coisas chamava-nos a atenção para o correr de casas com varandas do tempo dos Almadas, aparentemente bem preservadas. Logo ao lado, observo eu, como é possível a CMP não ter uma atitude informativa de preservação perante uma casa dum portista ferrenho, presumo eu, pois a bandeira assim denunciava, toda pintada, portas e janelas com as cores de azul forte do FCP. Ressaltou-me a atenção por estar desenquadrada do que era acabado de nos mostrar. Mas de resto na parte histórica portas e janelas de alumínio é mato!

Em conclusão da visita de hoje, onde se falou também da revolta dos taberneiros (aqui sugiro o livro de Arnaldo Gama - um motim há cem anos) ficamos também a saber da infinidade de capelas que foram destruidas ou mudadas de sítio, bem como ruas e ruelas que foram sacrificadas para expandir a cidade.

 

 

  (antonio)