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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Pela ruralidade - LXII (O S. Macário)

Estavamos nos primórdios dos anos setenta do século passado, não havia ainda auto-estradas no país, nas estradas de alcatrão foleiro ou de macadame rolavam os fiats 600, 850 e o 127 também se viam; os datsuns 1200 de duas e quatro portas eram um brinquinho; as renault 4 L e então os Vw carochas eram mato, para não falar no Joaninha, Volvo marreca, Citroen arrastadeira e o boca de sapo que já estavam em declínio. Por essa altura avantajei-me com um Citroen Dyane em segunda mão, pois claro, os dinheiros eram curtos. Este veículo tinha várias valências para a época, quatro portas ou cinco se considerarmos a da mala, capota de abrir, (olha o luxo!), era um calça curta próprio para as fracas estradas e era um economicozinho, (era a época do não despesismo, dava-se muita atenção ao consumo do carro) "leva os meninos à escola, faz as compras pelo caminho, mecânico não precisa e gasolina nem falar", era o slogan publicitário.

Foi pois o transporte ideal para ir com a família à romaria mais conhecida em todo o vale do Paiva que se celebra no último domingo de Julho. Desde miudo que ouvia falar nessa festa do S. Macário e  no ano anterior um grupo de maduros lá da terra tinham lá ido de tractor tendo-o adaptado com as condições possíveis para a longa viagem, bancos corridos e com os pneus de trás da carrinha meios vazios para que os solavancos por estradões serranos fossem menos agressivos.

Bem, mas no meu caso lá fomos no DYane, primeiro por estrada alcatroada, depois a comer pó por estradas de terra batida. À boa maneira da época levamos os comes e os bebes que saboreamos debaixo duns chaparros. Ponto obrigatório, ir às duas capelas do S. Macário. Uma fica no ponto mais alto do monte, a outra fica a alguns metros e tem a particularidade de para se chegar ao altar ter de se furar, é o termo, entre umas rochas.

O monte do S. Macário fica no maciço da Gralheira, pertence ao concelho de S. Pedro do Sul, paredes meias com Arouca e Castro Daire. Diz-se que, com boas condições atmosféricas, se avista a Serra da Estrela.

Naquela época para se chegar ao sítio só com carros de eixos altos ou todo o terreno e então tractores e carrinhas de caixa aberta era o que mais se via no dia da romaria. Sei que actualmente é diferente, o acesso é condigno, por pena minha, a oportunidade ainda não chegou, nunca mais lá voltei.

 

 

Fiquem bem, antonio