S. Pedro em Ribeira de Abade - Valbom
Ainda a aurora não espreitava e já um batalhão de valboenses se afadigavam ao longo de um quilómetro de ruas na elaboração do majestoso tapete de flores por onde iria passar a procissão. Tem sido assim ano após ano, a tradição ainda é o que era, cada morador dá o seu melhor para que à sua porta uma vez no ano a rua fique num brinquinho. Este ano o calor tórrido veio criar dificuldades em manter a vivacidade floral, borrifos eram feitos amiúde para refrescar.
E agora é a vez da imponente procissão, ponto alto da festa, com andores, o S. Pedro é rei, anjos e anjinhos, fanfarras, forças vivas da terra, edis acenando ao povo com a cabeça que nas bermas assistiam a todo aquele majestático, mordomos engravatados a pegar ao pálio e, pois claro, à moda antiga dois GNR garbosamente montados em equídeos brancos, bem calçados, a abrir o cortejo. Entretanto foguetório vai para os céus num ver se te avias a estralejar ouvido `nas redondezas, e os fogos florestais que se lixem!...
Quer se goste ou se fique indiferente há que manter as tradições pois será o que restará dum país que anda titubeante com rumo incerto.
Sugiro o visionamento de João Villaret que já há algumas décadas muito bem declamou o poema de “Procissão
http://www.youtube.com/watch?v=YsDJBCLWvdo
Fiquem bem, antonio