Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

DIA MUNDIAL DOS AVÓS

Avós, esses queridos.

Então os avós não merecem nada? Por mim, merecem TUDO. Então esses entes queridos não merecem a nossa atenção? Por mim, TODA. Deixem-me partilhar convosco duas palavras sobre os meus. Começando pelos meus avós maternos, guardo a imagem duma avó paciente, tolerante e resignada. Do meu avô, recordo as histórias da 1.ª Grande Guerra contadas à lareira, em Cabeçais, freguesia de Fermedo, concelho de Arouca. E a minha memória vai buscar as imagens de toda a Natureza que envolvia a casa dos meus avós maternos e por onde eu andei sem nunca me perder. Vai também buscar os aromas e os sabores da uva americana, do pisa uvas no lagar e das Festas da Senhora da Saúde. E andar no carro de bois do Sr. José da Casanova? Quando vazio, imaginava-me um romano. Quando cheio, era a aventura e a loucura dos verdes anos, em cima do carregamento se ele fosse fofo. Dos meus avós paternos, apenas conheci a minha avó. Foi em Valongo e guardo a memória de uma mulher que era a verdadeira alegria no trabalho. Ainda tenho um rádio PHILLIPS, de válvulas, que ela me ofereceu em vida. E, quando recordo a minha avó paterna, recordo as brincadeiras com o meu primo por aqueles montes de Valongo. Estão recordados os meus avós.

Pela ruralidade - LXII (O S. Macário)

Estavamos nos primórdios dos anos setenta do século passado, não havia ainda auto-estradas no país, nas estradas de alcatrão foleiro ou de macadame rolavam os fiats 600, 850 e o 127 também se viam; os datsuns 1200 de duas e quatro portas eram um brinquinho; as renault 4 L e então os Vw carochas eram mato, para não falar no Joaninha, Volvo marreca, Citroen arrastadeira e o boca de sapo que já estavam em declínio. Por essa altura avantajei-me com um Citroen Dyane em segunda mão, pois claro, os dinheiros eram curtos. Este veículo tinha várias valências para a época, quatro portas ou cinco se considerarmos a da mala, capota de abrir, (olha o luxo!), era um calça curta próprio para as fracas estradas e era um economicozinho, (era a época do não despesismo, dava-se muita atenção ao consumo do carro) "leva os meninos à escola, faz as compras pelo caminho, mecânico não precisa e gasolina nem falar", era o slogan publicitário.

Foi pois o transporte ideal para ir com a família à romaria mais conhecida em todo o vale do Paiva que se celebra no último domingo de Julho. Desde miudo que ouvia falar nessa festa do S. Macário e  no ano anterior um grupo de maduros lá da terra tinham lá ido de tractor tendo-o adaptado com as condições possíveis para a longa viagem, bancos corridos e com os pneus de trás da carrinha meios vazios para que os solavancos por estradões serranos fossem menos agressivos.

Bem, mas no meu caso lá fomos no DYane, primeiro por estrada alcatroada, depois a comer pó por estradas de terra batida. À boa maneira da época levamos os comes e os bebes que saboreamos debaixo duns chaparros. Ponto obrigatório, ir às duas capelas do S. Macário. Uma fica no ponto mais alto do monte, a outra fica a alguns metros e tem a particularidade de para se chegar ao altar ter de se furar, é o termo, entre umas rochas.

O monte do S. Macário fica no maciço da Gralheira, pertence ao concelho de S. Pedro do Sul, paredes meias com Arouca e Castro Daire. Diz-se que, com boas condições atmosféricas, se avista a Serra da Estrela.

Naquela época para se chegar ao sítio só com carros de eixos altos ou todo o terreno e então tractores e carrinhas de caixa aberta era o que mais se via no dia da romaria. Sei que actualmente é diferente, o acesso é condigno, por pena minha, a oportunidade ainda não chegou, nunca mais lá voltei.

 

 

Fiquem bem, antonio

As ilhas da cidade do Porto

Ilhas do Porto

 

História

 

 

A ilha do Porto é um tipo de habitação operária muito diferente do de outras cidades industriais, como Lisboa, onde existem os pátios, ou as cidades industriais europeias.

Surgiram inicialmente na zona oriental da cidade, mas rapidamente se estenderam ao centro e aos concelhos limítrofes. Para o aparecimento das ilhas acredita-se que tenha contribuído a grande influência inglesa na cidade.

O esquema das ilhas é frequentemente associado às primeiras back-to-back houses (casas de costas com costas) em Leeds, quer em termos de morfologia, de promotores e em termos de intuito de construção.

A origem das ilhas é desconhecida sendo certo que no séc. XVIII já eram relatadas casas a que se chamava de ilhas. Em inquirições de D. Afonso IV (1291-1357) fazem-se referência também a conjuntos de habitações com apenas uma saída para a rua.

Foi, no entanto, no final do séc. XIX, com o desenvolvimento industrial da cidade e com a chegada de muitos migrantes das terras do norte do país, que este tipo de habitação se massificou.

 

Arquitectura

 

 

O lote almadino [1] tinha, normalmente, 5,5 metros de largura, de frente para a rua, por uns 100 metros de comprido. As casas burguesas eram construídas nos primeiros 30 metros, sendo que ficavam a sobrar uns 70 metros nas traseiras das casas. O proprietário abria uma ligação por baixo da casa por um corredor até ao fundo do quintal, de 1 a 2 metros de largura, e de um lado e de outro construía pequenas habitações precárias. Essas eram então pequenas habitações com áreas que não excediam os 16 m2 (algumas apenas com 9 m2), construídas em fila (algumas vezes também costas com costas), nos quintais das casas da classe média que davam para a rua. As frentes dessas habitações tinham, regra geral, cerca de 4 metros, tinham uma porta e uma janela (que davam para o corredor central).

 

Sociedade portuense em finais de século XIX

 

Na segunda metade do século XIX, o Porto vivia um clima de euforia industrial que atraiu à cidade populações rurais, vindas do Minho, de Trás-os-Montes e Alto Douro e da Beira Alta, fugidas da crise rural que ali se vivia.

 A procura de alojamentos baratos fez então destes aglomerados de construções abarracadas, com uma única entrada, um atractivo negócio, principalmente explorado por pequenos proprietários que, dispondo de pouco capital, viram nas ilhas a garantia de uma rápida recuperação do capital investido e, a curto prazo, lucros significativos.

Os interiores dessas casas, onde viviam famílias inteiras, facilmente de 10 ou mais pessoas, eram de madeira, não tinham esgotos, nem abastecimento de água, tinham ausência de ventilação e janelas pequenas que forneciam fraca iluminação. A juntar a estas condições a utilização comum de certos equipamentos, a convivência com animais (num inquérito assinalam 709 porcos em 1124 casas visitadas) e a falta de educação dessas pessoas e a pobreza moral de alguns, deixam imaginar o ambiente desses espaços.

 

Como o Código de Posturas Municipais de 1869 limitava a fiscalização camarária ao que era visível da rua (que neste caso eram as frentes de uma casa vulgar, normalmente a do promotor) e as ilhas acabavam por ser construídas no interior dos quarteirões, elas não estavam sujeitas ao controlo municipal, e à vista do cidadão. A uma primeira vista a cidade não mostrava aquela miséria.

Entre 1878 e 1890 teriam sido construídas 5.100 habitações nas ilhas (metade das que existiriam em 1900), onde segundo Ricardo Jorge habitaria, em 1899, um terço da população da cidade.

Segundo um inquérito realizado pela Câmara Municipal do Porto em 1939, havia então na cidade 1.152 ilhas, abrigando 45.291 habitantes, ou seja, nessa altura, 17% da sua população total. Seguindo uma tentativa de higienização da cidade, de forma a prevenir a ocorrência de surtos epidémicos, a partir da década de 1940, as autoridades municipais empenharam-se na demolição progressiva das ilhas do Porto, realojando as famílias em grandes bairros sociais, afastados do centro.

Setenta anos depois, as ilhas ainda não foram completamente erradicadas do Porto e do Grande Porto. Muitas mantêm-se firmes, "de pedra e cal", e tentam renovar-se numa perspectiva de contrariar o espírito frio e impessoal que cada vez mais define a vida nos bairros sociais.

 Dados recentes apontam para a persistência de 1.130 ilhas espalhadas pela cidade do Porto.

 

Ilhas de afectos preservam espírito comunitário

 

Bairros de Entre Quintas, do Cruzinho e de S. Vítor são exemplos do espírito comunitário herdado dos operários do passado.

Os dados conhecidos apontam para 1130 ilhas e 7654 casas repartidas pelas freguesias da cidade. A Rua de S. Vítor, no Bonfim, é a artéria com maior número de ilhas por metro quadrado. São locais de afectos: pelas pessoas e pelas memórias.

Um palmo de cimento separa as casas umas das outras. São quase todas minúsculas e habitadas, na sua maioria, por gente idosa. Que teima em ficar. Foi a única herança dos pais, é hoje a casa dos filhos e dos netos.

"Dantes, a gente repartia a nossa pobreza pelos vizinhos mais necessitados", recorda Conceição Fernandes, do Bairro de Entre Quintas, localizado junto da brasonada Casa Tait, ao Palácio de Cristal. Diante da roupa estendida a fazer lembrar um filme neo-realista De Sicca, a moradora nem quer ouvir falar em mudar de sítio: "Esta ilha é a nossa maior riqueza. Os vizinhos fazem parte da família", responde diante da varanda debruada de margaridas de várias cores.

"É o nosso jardim", diz.

No bairro do Cruzinho, ao Campo Alegre, feito de casas alinhadas ainda mora gente feliz. Já teve 47 habitações, hoje são 30, muitas delas a cair de podre. Causas? "O senhorio quer ver-se livre de nós. Não manda arranjar as casas e para ele tanto faz que entre água pelos telhados ou pelas paredes. Em dias de chuva ponho várias bacias na cozinha e no sótão. Vivo sem conforto", revolta-se Maria da Conceição Rodrigues, viúva, 78 anos. "Já tive de cortar a luz para evitar males maiores. A vistoria já cá veio, mas as promessas de casa decente foram sempre adiadas", diz, desconsolada.

A conversa estende-se a Maria Adelaide Mendes, 61 anos. "Nasci aqui e aqui espero viver ainda muitos anos. O bairro tem carácter, mas está muito degradado. Há muitas casas devolutas, em ruínas", confirma diante da janela decorada de flores, enquanto a irmã, Maria José Alves, recorda as brincadeiras de infância, a tranquilidade e o espírito do lugar onde toda a gente trata os vizinhos pelo seu nome. "É um bairro diferente e mantém ainda o perfume do passado", enaltece. A Rua de S. Vítor ganha à légua o palmarés de ter mais ilhas por metro quadrado. Maria Luzia, 52 anos, divide a casa habitada há 46 pelas três filhas: Tânia, de 24, Patrícia, de 20 e Lucília, de 13. A cozinha é minúscula e a casa de banho fica no exterior. "Não temos banheira. Tomamos banho numa bacia", garante a mãe sob o olhar resignado de uma das filhas. "Gostava de fazer obras, mas não tenho dinheiro para mais. Não estica...", confessa.

Ao fundo da ilha, a rede de arame colocada no muro de pedras gastas pelo tempo deixa antever o Douro, mais as pontes de Maria Pia e de S. João. Fausto Leite nasceu e cresceu no Beco do Paço, ao Carregal, e desloca-se a S. Vítor para acompanhar a mulher em cuidados pela mãe acamada. "Ainda existe convívio nas ilhas. Nos prédios a filosofia é outra", salienta Fausto.

No número 68 do outro lado da rua existe outro corrupio de casas e Julieta Lima, 73 anos, passa os dias a "fazer companhia" à irmã cega. "É a minha cruz", resigna-se. "Não tenho vergonha de viver aqui", atira a vizinha do lado, Teresa Pereira, enquanto dá mimos ao neto.

Fora de portas a agitação é outra. A catraiada ensaia passes de bola e a música pimba distrai as atenções de quem circula. Depois da Revolução Industrial, as fábricas foram demolidas e deram lugar a condomínios. Mas as ilhas continuam a povoar a cidade.

 

A cascata da Fontinha

 

Ao tempo da introdução do vapor nas máquinas industriais, o morro da Fontinha viu, de repente, ser alterada a sua pacatez. Lá ao cimo instalou-se a chamada “Fábrica Social”, com a inerente necessidade de muita e indiferenciada mão de obra. E porque estamos no tempo em que ainda não havia sido inventado o transporte colectivo, só uma solução barata e fácil ocorreria aos proprietários das fábricas para ter à mão essa gente, já que o chamado horário de trabalho era de sol a sol: comprar os terrenos baratos existentes à volta das fábricas e, num ápice, construir pequeníssimas casas, aproveitando todas as nesgas de terreno com uma única saída comum para a via pública. Estavam instituídas as “ilhas” do Porto! Maiores ou menores, o “esquema” era sempre o mesmo e a Fontinha viu-se inçada de pequenas ilhas, muitas delas geminadas, todas sem um mínimo de condições de habitabilidade, mas rapidamente alugadas pelas gentes que, normalmente das províncias do Norte, se deslocavam para a cidade grande na busca de ganhar o pão para si e para os seus agregados familiares.

 

 

 

Bibliografia

Jornal de Notícias – País – Porto - (2 de Junho de 2008)

AS ARTES ENTRE AS LETRAS, 16 de Junho de 2010, Júlio Couto

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_(bairro)

PEREIRA, Gaspar Martins – "Casa e família, as 'ilhas' no Porto em finais do século XIX" in Revista População e Sociedade. Porto: Centro de Estudos da População e Família. N.º 2 (1996)

PIMENTA, Manuel; FERREIRA, José António; FERREIRA, Leonor – As 'ilhas' do Porto. Estudo socioeconómico. Porto: Câmara Municipal do Porto/ Pelouro de Habitação e Acção Social, 2001

TEIXEIRA, Manuel C. – Habitação popular na cidade oitocentista. As ilhas do Porto. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian e Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnologia, 1996

PINTO, Jorge Ricardo – "O Porto Oriental no final do século XIX: Um retrato urbano (1875-1900)", Edições Afrontamento (2007)



[1] D. João de Almada e Melo (Troviscoso, Monção, 15 de Agosto de 1703 - Porto, 30 de Outubro de 1786), senhor de Souto d' El-Rei, foi o grande obreiro da expansão urbana da cidade do Porto no século XVIII e o principal responsável pela organização do espaço a que hoje em dia designamos por Baixa do Porto, em Portugal.


Embora não esteja ainda completo, pois há «ilhas» na cidade do Porto que ainda não foram por mim registadas, este é o álbum que se pode, para já, visionar e que reune uma boa parte das mesmas.

 

As ilhas da cidade do Porto

 

 

Olhar o Porto - C (Esplanadas?)

E agora Rui Rio?

Aqui há uns tempos tinha passado pela Praça Parada Leitão, aos Leões, e observei que estavam a montar estruturas pesadas em frente ao carismático Piolho. Na altura fiquei na minha, o que é que ali irá sair?... Obra acabada, segundo a Câmara do Porto são várias esplanadas em frente ao citado café e a outros estabelecimentos do género que ali proliferam. Agora segundo o que tem vindo na imprensa, para o  IPPAR aquilo não são esplanadas porque têm um cariz construtivo e por conseguinte não aceita o que foi feito.

O imbróglio está lançado, já com a história do túnel de Ceuta aconteceu a mesma brincadeira. Parece que o IPPAR não vai muito na conversa do Presidente da Câmara do Porto e então há que chatear. Claro que aquelas sólidas estruturas não irão abaixo como não foi o túnel, o mesmo não aconteceria se o cidadão anónimo construísse uma marquise em casas da CMP.

E agora a minha opinião sobre as citadas “esplanadas”. Concordo com o parecer do IPPAR e  não gosto da ideia da CMP. Para mim esplanadas são amovíveis quando as condições atmosféricas são adversas, ali não é o caso. Acho muito bem que se queira implementar as esplanadas pelas praças da cidade, é uma maneira de atrair o turismo também, mas não daquela maneira, em que o espaço público foi usurpado em definitivo (aqui estou a lembrar-me de aberrações que se vêm pela cidade, como construir edifícios sobre ruas).

Vamos ver em que param as modas, mas neste caso penso que não vão trabalhar as bulldozers!...

 

(Ao titular este post apercebo-me que já lá vão cem sobre o Porto. Têm sido pontos de vista sobre a cidade, ora com aspectos informativos ora com críticas, como acontece com o post de hoje, sobre coisas de que não gostamos. Têm sido para mim uma mais valia de conhecimentos sobre a cidade do Porto.)

 

  Fiquem bem, (antonio)

Pela ruralidade - LXI (Chapéus de palha)

 

Quando chegava a canícula eles faziam cá um jeitaço para reduzir o caloraço das mulheres no campo. Estes da imagem são exemplares de chapéus de palha de mulher, têm todos para cima de trinta anos. Encontrei-os desactivados, alguns feitos num oito, na abegoaria, no alpendre e sobretudo em palheiros também estes em estado de ruína, símbolo dum labor agrícola que já não existe.

 

Nas sachas, nas segadas, a empegar o milho do restivo, a ralentá-lo, a cortar-lhe o pendão  a escochá-lo, ou nas malhas o chapéu de palha dava alguma fresquidão na execução destes e outros trabalhos agrícolas!...

 

E para final de conversa, chapéus há muitos, recordando Vasco Santana.

 

 

    (antonio)

Cá pela Serra...

Agricultura, avicultura, cunicultura, pastorícia, floricultura, tudo se faz um pouco cá por estas bandas.

A mão-de-obra é essencialmente constituída pela família Teixeira, com recurso à mecanização, utilizando o tractor em detrimento do arado (já fora de uso). Não são actividades lucrativas, na medida em que só produzimos para satisfazer as necessidades alimentares do agregado familiar, até porque a área também não permite altos voos. É uma agricultura de subsistência aliada à criação de gado.

E, como podem ver, uma patita há alguns dias desaparecida, procurada desesperadamente por todos nós, fez a sua aparição triunfal a nadar no lago com os seus cinco filhotes, muito orgulhosa. Ficou furiosa quando me aproximei para lhes tirar as fotos. Tentei apanhar um, mas defensora acérrima das suas crias, atirou-se a mim às bicadas. Grande lição de amor!

O coelhito faz parte de uma ninhada de nove lindos, fofinhos e saudáveis laparotos, filhotes da coelha albina.

As ovelhas e cabras encontram-se em estado de graça, mas ainda lhes faltam uns meses para serem mães.

Da famosa história de bullying ainda restam dois patões: um está apalavrado à Rosa Esperança; o outro… vai ter um fim cruel. É sempre muito complicado esse destino, dói-me muito mas é a vida…

E, como vocês vêem, é assim que vou passando os meus dias. Caso haja cortes drásticos nas nossas reformas eu prometo intensificar a produção dos nabos e comercializa-los a baixo custo, só para colegas e amigos (as).

Com saudações agrícolas, Benilde

 

 

 

Pela ruralidade - LX (As velharias)

 

Uma pequena amostra da família de cestaria da minha colecção de trastes. Os gigos e as gigas brevemente também vão aparecer por aqui:

 

- a cesta de vindima com gancho;

 

- duas da fruta com ganchos;

 

- uma de ir buscar os ovos ao ninheiro;

 

- o açafate para os utensílios de costura;

 

- a condessa para levar à cabeça com rodilha o farnel para a romaria, entre outras utilidades, enquanto o ente masculino levava um garoto de tinto, normalmente às costas pendurado num marmeleiro (este tinha também outra finalidade tendo em conta a máxima que o pau é a melhor defesa do homem), ou então uma borracha de pele de cabra a tiracolo. Aqui recordo da minha meninice em casa da minha avó uma velha borracha, toda espatifada, que causou espanto para não dizer nojo, quando se verificou que a parte exterior da pele da cabra, as cerdas eram denunciadoras, tinham ficado para o interior da borracha!... Uf... Mas já estava bem enfartada pelo uso!...

 

  Fiquem bem, antonio

Barriga de aluguer?

Diz o aforismo popular que quem tem dinheiro tem vícios.

Também se diz que tudo se compra e tudo se vende. Na actualidade não é bem assim, o "vende-se" está em crise.

 

No JN de hoje, é citado o Jornal "The Sun" dizendo que o "Cristiano terá pago 12 milhões de euros à mãe para que esta se eclipsasse: não revelasse a identidade e abdicasse da custódia do filho". O JN refere também " resta saber se o futebolista recorreu a uma barriga de aluguer para conceber o bébé".

E agora outro aforismo: o dinheiro compra tudo.

 

 

E já agora que estamos a falar em muito cacau, que acham a Fátima Lopes ir para a TVI arrecadar uma mensalidade de 35.000 euros?!... É muita massa não é! Tendo em conta o país em que vivemos.

 

E agora vou dormir e não pensar nestas mundanices.

 

 

    (antonio)

Ufff.... Que calor, Senhor!

Saudações refrescantes do Francisco.

Por amor de Deus, deixem-me refrescar e, já agora, podem aproveitar também o ar ventilado que esta ventoínha fornece. Não é muito mas é de boa vontade. Andei a informar-me e fiquei a saber que é difícil instalar aqui no blog um ar condicionado. Vai daí, resta a já velhinha e tradicional ventoínha. Sempre é uma ajuda. É para mim e para todos vós. Aproveitem, ok?

 

 

S. Pedro em Ribeira de Abade - Valbom

Ainda a aurora não espreitava e já um batalhão de valboenses se afadigavam ao longo de um quilómetro de ruas na elaboração do majestoso tapete de flores por onde iria passar a procissão. Tem sido assim ano após ano, a tradição ainda é o que era, cada morador dá o seu melhor para que à sua porta uma vez no ano a rua fique num brinquinho. Este ano o calor tórrido veio criar dificuldades em manter a vivacidade floral, borrifos eram feitos amiúde para refrescar.

E agora é a vez da imponente procissão, ponto alto da festa, com andores, o S. Pedro é rei, anjos e anjinhos, fanfarras, forças vivas da terra, edis acenando ao povo com a cabeça que nas bermas assistiam a todo aquele majestático, mordomos engravatados a pegar ao pálio e, pois claro, à moda antiga dois GNR garbosamente montados em equídeos brancos, bem calçados, a abrir o cortejo. Entretanto foguetório vai para os céus num ver se te avias a estralejar ouvido `nas redondezas, e os fogos florestais que se lixem!...

Quer se goste ou se fique indiferente há que manter as tradições pois será o que restará dum país que anda titubeante com rumo incerto.

Sugiro o visionamento de João Villaret que já há algumas décadas muito bem declamou o poema de “Procissão 

 

http://www.youtube.com/watch?v=YsDJBCLWvdo

 

 Fiquem bem, antonio

Pág. 1/2