Todos nós já fomos abalados pelo desaparecimento de um familiar, de um amigo ou até daquele conhecido que víamos quando nos cruzamos na rua.
O Passos era um amigalhaço dos tempos da Escola do Magistério que tinha ficado por Lordelo, Paredes. Víamo-nos poucas vezes, a vida tem destas coisas, num dos últimos encontros anuais em que participou lancei-lhe o repto: - Passos, quando vieres para as bandas do Porto dá uma apitadela, tomámos um café e lembramos os velhos tempos. Assim tinha sido acordado mas sem que se tivesse concretizado. Eu que tenho sido um ferrinho nos encontros anuais do curso estava sempre na expectativa de poder abraçar o Passos. Ontem recebi a triste notícia pelo Baldaia e fiquei mais pobre, preferia não ter tido conhecimento e assim viver na ilusão de ter ainda um amigo.
Será sempre recordado por todos nós, quando pegámos no Livro do Curso (1969-71) com a capa desenhada por J. Passos.
Para quem eventualmente não se lembrar do Passos, ele não era muito assíduo aos encontros, pode ser visto no blogue em 24 de Julho de 2005 referente à confraternização de 2003 no Monte Aventino nas Antas. O Passos está na última foto da pág. 1 à direita do Ilídio.
Foi ontem, 4.º sábado do mês, que se realizou mais um PASSEIO DO JORNAL DE NOTÍCIAS subordinado ao tema das comemorações do Centenário da República. O álbum fotográfico é da autoria de Maurício Branco e se quiserem acrescentar as vossas fotografias ao álbum basta enviá-las para [franciscodocovelo@gmail.com]. Sobre este PASSEIO JN, reza assim o jornal de domingo, dia 27 de Junho de 2010:
ROTA REPUBLICANA CRUZOU AS MEMÓRIAS
Seis quilómetros, mais ou menos bem contados, subindo e descendo ruas e ruelas da Invicta ultrapassaram, por inevitabilidades várias, o propósito inicialmente assumido, que era o de trilhar caminhos portuenses que reflectissem as relações entre o Estado e a Igreja Católica, na I República. Porque Germano Silva, que só por acaso não nasceu no Porto, acabou por dar um cunho memorialístico a mais um passeio JN, cruzando lugares, tempos e histórias da própria meninice.
Ficou mais marcado o passeio pela reentrada do cicerone na barbearia onde pela primeira vez foi escanhoado ou pelo sítio onde, menino, fazia fila para o racionamento do pão, embora no guião estivesse o fronteiro seminário de Vilar, de onde freiras foram expulsas e onde chegou a funcionar a primitiva Faculdade de Letras do Porto, antes instalada na Quinta Amarela, também posta no percurso.
Ver, aprender, conviver, vertentes de uma realidade que custa a ser explicada e continua a cativar muita gente. E com a costumeira e já indispensável participação do Rancho Folclórico do Porto, que há três dias celebrou a passagem do 28.º aniversário. P.O.S.