Estórias da História da guerra
Os intervenientes na chamada guerra colonial ainda à distância de algumas décadas cimentam laços de camaradagem que persistem. Nesta altura do ano os principais diários anunciam os encontros dos antigos militares que andaram nas zonas de guerra das antigas “Províncias ultramarinas”.
O Batalhão de Caçadores 1910 de que fiz parte era constituído por quatro Companhias e mais uma vez reuniu para confraternizar no Regimento de Infantaria 14 em Viseu. Habituados que estávamos a ver os quartéis quais baluartes fechados, acolhem agora com simpatia o pessoal maduro que lá longe deu o corpo ao manifesto. Os abraços da ordem, a missa celebrada por um idoso sacerdote coadjuvado por um dos nossos – diácono, em memória dos falecidos e um almoço digno de nota positiva, tudo dentro do quartel, deixa-nos vontade de repetir a dose enquanto houver saúde.
O maralhal, todo sexagenário, muitos vindos dos extremos do país, põe neste dia a memória à prova e então é um desfilar de peripécias que principalmente os homens da picada enfrentaram. Os do arame farpado como foi o meu caso não tiveram essas experiências tão duras. Angola foi uma terra onde muitos de nós passaram parte da juventude e alguns por lá ficaram, o dia do encontro foi para lembrar os bons e os maus momentos.
Até ao ano camaradas!...
Fiquem bem, antonio