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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Das minhas memórias - Pelo Seminário

O artigo de Fernanda Câncio, aquela que é, foi ou já não é amiga de Sócrates, na Notícias Magazine de 18 de Abril intitulado “Eu e a Igreja” onde abordava aspectos destravados de membros da Igreja, deu-me o mote para rabiscar aqui aspectos pessoais quando fui seminarista. Era eu um petiz que me tinham mandado lá para o Alentejo enclausurado no Seminário. Disciplina forte via-me rodeado de “arame farpado” mesmo quando ia de férias para casa. Como assim, perguntarão os eventuais leitores deste arrazoado? A televisão tinha aparecido há pouco tempo e antes dos seminaristas irem para férias para as suas terras havia uma lavagem ao cérebro, dos perigos do mundo, blá, blá. Tenho de memória que numa dessas reuniões conselheiras onde até era destacado o perigo da televisão, um dos rapazinhos pede a palavra e pergunta: o pároco da minha terra tem uma televisão no salão paroquial, posso ir lá ver? A resposta do padre foi peremptória, não. Deves abster-te, tem coisas impróprias. Ainda estou para saber quais os pecados que a televisão daquela altura teria, seria alguma locutora com um decote mais atrevido ou uma saia ao nível do joelho, ou seria uma cara jeitosa!? Seriam estes atributos pecaminosos vistos à luz do padre conselheiro?

 Durante as férias os seminaristas eram controlados por um inquérito que seguia para os respectivos párocos das terras dos utentes onde eram registados os passos dos candidatos a padres, se cumpriam os deveres religiosos, se tinham bom comportamento…etc.

 Ainda bem que andei por lá pouco tempo, não me queria tornar autómato com aquele sistema fechado à sociedade.

 

  (antonio)