A todos os moinhos abandonados
Ai como tenho saudades
Do cantar do meu moinho
Da água, deslizando pelo caminho
Bem ligeira, ligeirinha
Sem conversas com a vizinha.
Leva um pensamento só
O tonto rodízio namorar
E juntos em frenesim
Num alegre desatino
Entre suspiros e ais
Soltam frenéticos gemidos
Movendo a pesada mó
Para do trigo loiro
A branca farinha gerar.
Ai como tenho saudades
Do cantar do meu moinho
Já velhinho e tão cansado...
Mas não te vou abandonar
Vou tratar-te com carinho
Com esmero e muito cuidado
Para te levar a esquecer
As agruras do passado
Com as saudações culturais, Edlineb.