Pela ruralidade - L (velharias)
Quando a coisa está a correr, cada cavadela cada minhoca diz o ditado popular. E este aforismo tem de facto acontecido comigo sempre que me desloco à terra das minhas raízes, a que me viu parir. Como ando numa de angariar velharias, sempre que vou à aldeia vasculho as casas e os palheiros desactivados, outrora de caseiros que faziam “as terras”.
Qual rato à procura de isco há sempre algo que descubro para enriquecer o “meu museu”. Desta vez numa arrecadação por entre restos de palhas, madeiras podres, cordas velhas e muitas teias de aranha encontrei três aguilhadas, varas como também se diz, uma relha, um forcado já sem cabo, uma chavelha, um cambão, um chocalho pequeno sem badalo, lá diz-se campainha, de gado miúdo e uns barbilhos para as vacas (ver imagem). São objectos que foram do dia a dia duma ruralidade do país agrícola que já passou à história. Agora alguma agricultura que existe é feita noutros moldes daí que a preservação dessas memórias são-me caras…
Fiquem bem, antonio