Recordar é viver
Ora a história que vos vou contar teve como cenário precisamente o tal cubículo fotográfico. Frequentávamos o 2º ano do nosso curso e, para o nosso livro de curso, precisávamos de duas fotografias. Um belo dia, eu e a nossa colega Rosa Esperança, decidimos constatar a eficácia da máquina. Em termos económicos traria vantagens, assim como ficaríamos portadoras de imediato das tão precisadas fotografias. Matematicamente falando a máquina tirava quatro. A nossa intenção era com a mesma quantia, cada uma usufruir de duas. Até aqui tudo certo. Então, amigavelmente delineamos a nossa estratégia. Uma entrava no cubículo e tirava duas fotos e, no curto intervalo entre os flashes, saía a fim de outra rapidamente tomar o seu posto e completar o projecto previamente definido. Só que o plano não resultou. A certa altura, numa grande confusão, agarradas ao pescoço uma da outra, numa luta de sobrevivência, fixávamos juntas o pequeno ecrã, que segundo a segundo, registava a nossa triste figura. Foi um dia inesquecível! Foram momentos tão divertidos que jamais serão esquecidos. E para perpetuar, ainda hoje mantemos em posse as quatro peças tão macabras. A contabilidade efectuada, a custo reduzido não se verificou, porém ficou esta história para relembrarmos com saudades. Com saudações serranas.Penso que todos se devem lembrar de um “estúdio fotográfico” existente na estação de S. Bento onde se tiravam fotografias à la minute, com o valor de uma simples moeda que não sei precisar de quanto. Naquele tempo era um fenómeno, uma revolução, um tal nunca visto.