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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

Corrupção e mais corrupção

Com franqueza! Onde isto chegou! Ao que nós chegámos, meu Deus! Ai Portugal, Portugal, será que mereces isto? Será que nós, humildes cidadãos portugueses vamos ter de ver isto por muito mais tempo? Tem razão, Professor Ernâni Lopes, isto são verdadeiras PORCARIAS! Que exemplos! Tenham vergonha, meus senhores. Tenham vergonha nessa cara! Ai justiça portuguesa...Por onde andas? Lembro-me de os juízes dizerem que se limitam a fazer cumprir as leis que temos. Se isto é verdade...Não sou eu nem o vulgar cidadão quem faz as leis que regem este país...Este país vai longe, assim... Saudações tripeiras do Francisco.

 

CORRUPÇÃO CORRUPÇÃO

Pela ruralidade - XLV (A miragem da cidade)

Nos anos sessenta o mundo rural via como uma miragem a “civilização” citadina. Uma ou outra filha da terra que tinha ido para a cidade onde fazia o tirocínio de “sopeira”, regressava com um ar de recacho, a falar à moda do Porto.
Esta cidade era, dizia-se, a terra das luzinhas, dos “bonitos”, dos engravatados, que nada tinha a ver com a escuridão rural noctívaga apenas furada pela iluminação das candeias a petróleo quais arincus em noites de canícula, os lavradores com calças remendadas com quadras e testeiras, camisa de linho mais de estopa, tamancos e coturnos de lã, e a falar num sotaque rude, lá pelos caminhos enlameados das aldeias.
Na minha terrinha alguém que ia ao Porto enchia-se de vaidade e era visto pelos demais com um misto de admiração e inveja pois sair daquela pasmaceira rural não era para qualquer um. E então os torna viagens que se gabavam de ter mijado no mar, vinham lá do Rio com uma prosápia, esses eram os maiores!...
Mas se a cidade era vista como um eldorado tinha também cambiantes de indiferença com gente que passa apressada sem um boa tarde ou bom dia como é hábito no meio rural. O meu pai das poucas vezes que vinha à cidade achava isso estranho e não se conformava com a indiferença humana que na óptica dele era animalesca. E à distância convenhamos que a visão dele tinha algo de assertividade pois ainda hoje pessoas que vivem no mesmo prédio quase não se conhecem e quando muito fazem um cumprimento forçado no inevitável encontro do elevador. O anonimato das cidades contrasta com o entrecruzado conhecimento do meio rural.
 

  Fiquem bem, antonio

Parabéns Astérix !

Parabéns a você

 

50 anos é uma vida !

Por isso, Astérix e os restantes gauleses estão de parabéns.

De parabéns estão também os seus criadores. Esses sim. É a esses dois homens e às suas qualidades que devem ser dados parabéns.

E os meus aqui ficam.

Saudações tripeiras do Francisco.

O blog tem os dias contados

Pronto. Isto é uma evidência: o blog vai acabar. Não é nenhuma tragédia, é certo. Contudo, são mais de 4 anos que vão pr'ó maneta. Paciência. E tudo porquê? Tudo por causa da nova legislação a regular a blogosfera. Eu até concordo com o legislador. Eu até sou pela paridade. Então, por que razão é que este blog tem de desaparecer se ele tem dois autores e duas autoras? A paridade está constituída. Sim, na verdade a paridade está lá, na apresentação dos autores, pois são dois homens e duas mulheres. O problema está na prática. Se as autoras escrevessem e publicassem alguma coisa, ainda talvez se safasse. Exactamente. A cumprir a letra à lei, só publicam os autores e as autoras estão bem, muito obrigado. Vá lá, estimadas colegas colegas Ana Maria e Alzira. Não querem mesmo fazer um esforço? Vou também continuar a enviar convites para outros colegas para se tornarem autores deste espaço e, assim, poderem publicar texto e fotografias. Até breve. Saudações tripeiras do Francisco.

Olhar o Porto - LXXX (Os amigos)

Ia eu ali pela Praça Gomes Teixeira, vulgo Leões, assim como quem não quer a coisa, mentira, tinha ido tratar dum assunto pessoal ao meu sindicato na Rua D. Manuel II, e nisto dou de caras com um amigalhaço que já não via há uns tempos – Lobo de seu nome, reformado da profissão de enfermeiro. O Lobo é daqueles amigos da juventude que só vemos de tempos a tempos o que é sempre motivador para o abraço da ordem.
- Olha sabes quem está ali no edifício da Reitoria, atalha-me o Lobo, é o Cortez. Outro amigalhaço que para sermos precisos já não lhe focava a pestana há mais de três décadas. A última vez que o vi foi no ISCAP, tinha ele acabado o curso enquanto eu andava por lá com alguma indefinição que se veio a concretizar.
Vai na volta, procuro na Reitoria o Sr. Cortez. A primeira tentativa saiu-me frustada, não tinha comparecido ao serviço nesse dia. Não desisti, voltei e acertei. Um encontro amigo matando saudades de velhos tempos quando estudantes no mesmo Externato na Província, todo um desfilar de peripécias. E as perguntas cruzavam-se em catadupa sacadas lá do fundo da arca. Que é feito de fulano? E sicrano? Como o tempo passa!...
Bem, o Cortez ainda está no activo, trabalho é trabalho, de modo que a continuação da cavaqueira foi agendada para um próximo encontro, trocamos os números de TM para acertarmos o almoço e aí sim esmiuçarmos se o professor X gostava de matar as pernas das moças nas aulas ou se o padre Y ainda anda por lá a comer as velhotas!...
 

 

               http://www.youtube.com/watch?v=HD0o5CjhibQ

 

  Fiquem bem, antonio

Na Passagem do Tempo

Na Passagem do Tempo

 

Este é o título do último livro do Professor Helder Pacheco, hoje lançado oficialmente ao público. E eu estive lá. Estive eu e mais umas centenas de pessoas. Mais de quatro centenas, seguramente. Eu desconheço a lotação do auditório do Conservatório de Música do Porto mas as cadeiras estavam todas ocupadas e as escadas laterais também. Foi um gosto ter ouvido o Conjunto de Jazz e o Quarteto de Saxofones, ambos do Conservatório de Música do Porto. Foi também uma satisfação ter ouvido o grupo Porto Tango. Já dei os parabéns ao António pela sua fotografia escolhida pelo Professor. Também dei os parabéns ao Sr. Maurício Branco por todas (e são muitas) as suas fotografias publicadas. Não tive oportunidade de dar pessoalmente os parabéns ao Sr. Rui Ferreira por todas as fotografias publicadas mas aproveito este meio para o fazer: Parabéns, meu caro. Já agora, eu próprio estou cheio de orgulho por ter sido escolhida uma fotografia minha. E é assim. O Professor Helder Pacheco valoriza as fotografias dos amadores que o acompanham nos passeios pela cidade. E os simples e humildes acompanhantes que o seguem por toda a cidade, faça chuva ou faça sol, seja dia ou seja noite, aprendem mais da sua cidade porque o ouvem e sentem-se felizes quando vêem as suas fotos publicadas.

Muito obrigado, Professor Helder Pacheco.

Bem-haja.

Saudações tripeiras do Francisco.

Pela ruralidade - XLIV (A viagem à cidade)

Eis-me na minha primeira viagem à cidade admirando as luzes, o neón, o bulício de gente apressada a ir para as fábricas, o primeiro silvo já se tinha feito ouvir e ao segundo teria que estar tudo em frente das máquinas, e até o polícia sinaleiro na peanha, cabeça de giz como diziam os maldosos do bas-fond da cidade, não me livrando das bocas dos reguilas residentes “ó patego olha o balão”!...
Na carreira do Escamarão a viagem na altura(1960) ficava por uma nota de vinte, o cobrador de sempre, Sr. Sebastião com a saca de couro a tiracolo, ensebada pelo uso, era respeitado, orientador de tudo o que seguia a bordo. Falar na carreira do Escamarão daquela época Cinfães – Porto estava implícito falar no Sr. Sebastião. Na grade da camioneta no tejadilho ia toda a sorte de mercadorias, como gigas de galináceos (marrecos, pintos, frangos e garnizés), cestos de láparos, condessas, açafates e sacos, malas de cartão eram um luxo, caixas de fruta da época, apetrechos agrícolas, bem como pasteleiras, leia-se biclas. A segurar toda aquela heterogeneidade havia uma rede e por cima desta um oleado nos dias de chuva. Um ou outro garoto de 5 l com sumo de uva, rolha manhosa de cortiça com folhelho a vedar, via-se aconchegado entre as pernas dos utentes passageiros. Os vidros das janelas eram de baixar, o que dava cá um jeitaço para os que não estavam habituados a estas andanças e por isso após algumas curvas no macadame começavam a “arrancar”, leia-se “chamar o Gregório”. As laterais da carreira ficavam numa enxovia!
Numa dessas idas à cidade recordo um casal de camponeses bem maduros temerem pela longevidade da viagem e então levaram abastecimento. De vez em quando ele tirava do bolso interior do casaco uma garrafinha de três quartos com bagaço, mandava abaixo duas goladas, bravo como coriscos até queimava as pestanas a avaliar pela cara feia do sôfrego bebedor, a seguir passava à patroa esta não se fazia rogada e enfiava uma tarraçada para aquecer, estava-se em Janeiro!... Mas a última escorropichadela era para o cabeça de casal habituado que estava a este depurativo mata-bicho. E o rapaz que agora está aqui a recordar esta viagem virgem, lá ia observando tudo com naturalidade, tinha-se amanhado lá em casa com um café de cevada e uns nacos de trigo ou seria broa?
 

  Fiquem bem, antonio

"Uma história portuense"

Ora aqui está um dos motivos que me levam a ser leitor do JN, as crónicas de Helder Pacheco assim me motivam. Como gosto de andar pela cidade com o nariz no ar a olhar para o casario do séc. XIX e princípios de XX já vezes sem conta me tinha interrogado para o carneiro em granito no cimo duma casa na Rua de Costa Cabral a Silva Tapada. Pois hoje no JN o cronista historiador, professor e escritor na sua rubrica "Uma história Portuense" dá-nos a resposta a essa enigmática obra de arte.

UMA HISTÓRIA PORTUENSE

 

 

  (antonio)

Caim

Que sorte, José Saramago... Sorte ? Porquê? Sim, sorte a sua em poder enxovalhar a Bíblia. Sorte a sua em poder dizer o que quiser da Bíblia. Mas, insisto: porquê? Simplesmente porque se fosse o Corão... Ah, pois, se fosse o Corão. Pois é. Com o Corão ninguém brinca e os que tentam brincam têm o futuro que se lhes conhece. Por isso eu digo: que sorte a sua José Saramago. Bem pode brincar à sua vontade com a Bíblia que ninguém lhe faz mais do que umas cócegas verbais. Agora, se fosse do Corão... Onde é que o meu caro Saramago estaria a esta hora? Saudações tripeiras do Francisco.

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