Olhar o Porto - LXXVIII(S. Pedro de Azevedo)
Não sou um consumidor pagante da Revista “Visão”, no entanto quando ela me chega graciosamente às mãos vou logo direitinho, qual rato ao queijo, à rubrica do cronista Germano Silva que tem sempre histórias para contar.
Desta vez o tema interessou-me bastante, fala da “Aldeia de Azevedo” que fica aqui a dois passos da minha residência. Os locais que aí foca são-me familiares, sou um andarilho solitário que gosto de observar a ruralidade citadina dessa “aldeia”, bem perto do corrupio da urbe. É uma zona que tem estado à margem da centralidade, só desejamos que a intervenção do chamado Parque Oriental da cidade não a vá estragar. É pobre e talvez por isso ainda por lá não se vêem aqueles atentados urbanísticos que alteram a fisionomia da cidade.
Um projecto-lei à Assembleia da República do Partido Comunista em 1995 começava assim: “Azevedo é, estranhamente, um lugar do Porto, fora do Porto” . E continuava, “Esta tem sido uma realidade das principais contradições em que têm vivido os moradores de toda a área da cidade para além dos muros da Circunvalação. Por um lado, sentem, pulsam e vivem a sua cidade do Porto, por outro, sofrem e vêem as suas condições de vida agravadas pelo esquecimento e desprezo a que tem sido votada esta zona da actual freguesia de Campanhã”.
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Propunha este projecto-lei a criação da freguesia de S. Pedro de Azevedo, mas como confirmei no site da CMP a coisa não foi avante.
(antonio)