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Magistério6971

Os autores deste jornal virtual apresentam a todos os visitantes os seus mais cordiais cumprimentos. Será bem-vindo quem vier por bem.

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Olhar o Porto - LXXI (O perigo espreita)

 

Andar por aí calcorreando as pedras da calçada com as narinas apuradas para absorver os cheiros (não os perniciosos) da cidade é também um acto de cidadania de observação. E esta deve ser feita com o nariz ao alto mirando as clarabóias,  as cornijas, as sacadas e todas as obras de arte na pedra que nos foram legadas pelos nossos antepassados.
Hoje passei a penantes pela Rua do Freixo, no passado passei por esta rua milhares de vezes em quatro rodas durante a minha vida profissional. Do lado norte – nascente está à vista de toda a gente um perigo eminente, refiro-me ao esqueleto a desfazer-se da que foi a antiga fábrica de esmaltagem Mário Navega. Naquela rua estreita e de dois sentidos passam diariamente milhares de veículos entre eles camiões carregados que poderão forçar o desmoronamento com a trepidação. E parece que toda a gente do poder, Câmara Municipal, Protecção civil, polícia, que deviam ser os garantes da segurança, assobia para o lado. Só quando eventualmente acontecer uma desgraça todos irão sacudir a água do capote. Não está certo que se dê de barato a vida das pessoas! Mas parece que estamos condenados a estas distracções a todos os níveis de governação. Quem não se lembrará ainda do caso da queda da ponte de Entre-os-rios que foi ao charco por falta de manutenção?!...
 

  Fiquem bem, antonio